Capítulo 5 - MMF

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No dia seguinte, decidi caminhar pelas ruas, tentando afastar os pensamentos confusos sobre o recibo e Jake. O céu estava claro e o sol brilhava forte. As ruas movimentadas fazia minha mente vagar por aí. De repente, escuto uma voz familiar me chamando. Viro em direção da voz doce e me deparo com a morena de cabelos pretos.

— Maya! — era Pamela, a irmã de Max, ela se aproximou com um sorriso no rosto. Pamela era uma mulher com uma vibe marcante, com várias tatuagens cobrindo seus braços. 

— Oi, Pam! Tudo bem? — sorri enquanto via ela se aproximar, sempre gostei do jeito da Pamela.

— Tudo ótimo! E você? Tem andado sumida. — Pamela comentou enquanto tirava os óculos de sol e os colocava no topo da cabeça. — Sabe, eu acabei de abrir a agenda pra novos clientes. Se quiser fazer aquela tatuagem que você falou uma vez...

Ri lembrando vagamente da nossa conversa de quando estava bêbeda.

— Ah, eu não sei se estou pronta ainda, mas vou pensar hein. Estou meio enrolada com... tudo. — Pamela parece ter notado o ar de preocupação e curiosa, inclinou a cabeça um pouco para meu lado.

— Tá tudo bem mesmo? Você parece está com a cabeça cheia.

Suspirei, pensando se deveria falar sobre os últimos acontecimentos. Apesar de não ser muito próxima de Pamela, sempre achei ela uma boa ouvinte.

— Ah, é uma longa história. Não quero te incomodar com isso...

— Ah, larga essa! — Pamela riu, cutucando Maya no braço. — Eu faço as pessoas falarem sobre coisas complicadas enquanto enfio agulha nelas, então já estou acostumada conversas difíceis. 

—Eu agradeço, mas prefiro guardar para mim.Mas, que tal um café? — sugeri, tentando manter a voz casual.

—Sempre aceito um café — ela respondeu com um sorriso animado. A energia dela sempre era contagiante.

Conheci a Pamela enquanto frequentava a boate, no dia em que vi ela, estava com o Max, a principio quando vi os dois juntos, podia jurar que eram namorados. Os dois se olharam com cara de nojo um para o outro e a cena me fez rir. Desde então,  Pam passou a me chamar para o estúdio de tatuagem dela, devo ressaltar que ela é uma das melhores tatuadoras da cidade. Ela é bem divertida e dona si, admiro demais de o seu jeito de viver a vida.

Entramos no café e sentamos em umas cadeiras perto da janela. O café não estava tão cheio assim, havia apenas duas pessoas,  uma no celular e outra com um livro apoiado em suas pernas.  Pedimos nosso café e alguns bolinhos, o aroma do café invadiu o ambiente me fazendo suspirar sentindo o cheiro maravilhoso, seguro a xícara levando na boca e dando um gole.

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Depois de terminar nosso café, Pamela se despede com aquele jeito descontraído dela,  eu fiquei ali, sentada por alguns minutos, pensando. A conversa me deixou um pouco mais leve. Mas nada dura para sempre.

Saí da cafeteria com o som dos meus pensamentos gritando em minha mente. As ruas pareciam mais movimentadas do que antes, porém estava no mundo da lua que nem me importei. Caminhei de volta para casa, tentando juntar as peças, mas quanto mais pensava, menos elas faziam sentido.

Eu sabia que não poderia evitar o assunto por muito tempo. Precisava descobrir a verdade, tanto sobre Jake quanto sobre minha mãe. Era estranho pensar que esses dois possivelmente estavam ligago de alguma forma.

Cheguei em casa e coloquei as compras que tinha feito no meio do caminho na cozinha. As sacolas fizeram um som oco ao tocar na mesa. Guardo cada item em seu devido lugar, as verduras e a carne.                                                                                       

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