XVI - Epilogus

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Os anos passaram como um sussurro suave, e Lana e Sean se encontravam agora na serenidade de sua casa de campo, cercados pela beleza da natureza que os acolhia. A pequena propriedade, situada em meio a colinas verdes e flores silvestres, era um reflexo da vida que haviam construído juntos. As paredes eram adornadas com fotos de momentos felizes: casamentos, aniversários e, especialmente, o nascimento de Alice, a netinha que enchia seus dias de alegria.

Numa parede especial, os dois deixaram diplomas e fotos dos dois nos tribunais, o orgulho dos dois juristas.

Naquela manhã ensolarada de verão, Lana estava na cozinha, preparando o café da manhã. O cheiro de panquecas quentinhas e café fresco pairava no ar, enquanto o sol filtrava-se pelas janelas, banhando o ambiente com uma luz dourada. A música suave da natureza – o canto dos pássaros e o suave farfalhar das folhas – envolvia a casa em uma atmosfera de paz.

Alice, com seus cabelos cacheados e olhos brilhantes, estava sentada à mesa, colorindo desenhos com seus lápis. - Vovó, você pode me ajudar a pintar esse?-  ela pediu, segurando um desenho de um sol radiante.

- Claro, querida,-  respondeu Lana, enquanto se aproximava da mesa. - Vamos torná-lo o mais bonito possível.

Enquanto Lana se dedicava ao desenho, Sean entrou na cozinha, um sorriso no rosto e um chapéu na cabeça. - Bom dia, minhas meninas!-  ele exclamou, a voz cheia de carinho. - O que estão criando aqui?

- Estamos fazendo um sol gigante, vovô!-  disse Alice, animada.

- Eu adoro um bom sol. Ele deve brilhar tanto quanto você, Alice,-  Sean comentou, dando um beijo na cabeça da neta. Ele sempre foi um avô amoroso, e ver a alegria nos olhos da neta lhe aquecia o coração.

Após o café da manhã, eles decidiram aproveitar o dia ensolarado e foram para fora, onde a natureza se estendia em um esplendor vibrante. Lana e Sean tinham um pequeno jardim onde cultivavam flores e vegetais, e hoje era o dia perfeito para cuidar das plantas. Alice correu pela grama, sua risada ecoando enquanto brincava, colhendo flores coloridas e trazendo-as para os avós.

- Olha, vovó! Olha quantas flores eu peguei!-  ela gritou, suas pequenas mãos cheias de pétalas.

- Essas flores são lindas, Alice! Vamos fazer um lindo buquê para colocar na sala,-  Lana respondeu, admirando a felicidade da neta.

Sean, observando a cena com um sorriso nos lábios, sentiu uma onda de gratidão. Lembrava-se dos momentos difíceis que enfrentaram no passado, mas tudo parecia tão distante agora.

Com o tempo, eles construíram uma rotina pacífica, repleta de risadas e histórias compartilhadas. Os dias eram preenchidos com passeios ao redor do lago próximo, onde ensinavam Alice a pescar, e noites ao redor da lareira, onde contavam histórias de quando eram jovens. A vida simples lhes trazia uma alegria incomensurável, e a presença de Alice era um presente que iluminava seus corações.

Enquanto o sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados e roxos, Lana e Sean se sentaram na varanda, observando Alice brincar no jardim. Os dois trocaram olhares cúmplices, repletos de amor e satisfação.

- Olhe como ela é feliz - Sean disse, seu tom suave.

- É tudo o que sempre quisemos, não é?-  Lana respondeu, um sorriso sereno nos lábios. “
- Construir uma família que se ama.

- Eu sou tão grato por você estar ao meu lado. Cada dia que passo com você é um dia precioso-  ele afirmou, segurando a mão dela com ternura.

Lana sentiu um calor no peito, lembrando-se de todas as batalhas que enfrentaram. Aquela vida tranquila, com momentos simples, era o resultado de seu amor e resiliência.

- E eu sou grata por cada dia que temos juntos, Sean.

O vento suave acariciou seus rostos enquanto eles observavam a neta, que agora fazia uma pequena dança entre as flores.

O olhar de Sean se aprofundou quando olhou para o lado e encontrou a Lana, refletindo uma mistura de amor e admiração. Ele notou cada detalhe: o jeito que o cabelo dela caía suavemente sobre os ombros, o brilho em seus olhos enquanto ela se concentrava no sol. Havia uma beleza tranquila em sua presença, como se o próprio sol estivesse iluminando-a.

Enquanto o céu se tornava uma paleta de laranjas e rosas, Sean sentiu seu coração aquecer. Ele não apenas via a mulher que amava; ele via a vida que haviam construído juntos, cada riso compartilhado e cada lágrima superada. O sol se punha atrás dela, e essa luz a envolvia em uma aura quase mágica.

O tempo tinha passado, mas o amor entre Lana e Sean só cresceu, fortalecendo-se como as raízes das árvores ao seu redor. Eles eram um casal de idosos, sim, mas ainda eram jovens de coração, vivendo intensamente cada momento.

Naquela noite, quando a lua brilhava no céu e as estrelas começavam a surgir, Lana e Sean se acomodaram em seu sofá confortável, assistindo a Alice adormecer em uma coberta ao lado. Eles sabiam que a vida ainda tinha muitos capítulos pela frente, mas, por enquanto, estavam em paz. E com cada respiração, cada olhar, cada toque, eles reafirmavam a promessa de amor que fizeram tantos anos atrás, sabendo que, independentemente do que o futuro reservasse, sempre estariam juntos.

⚖️: Epílogo.

⚖️: Epílogo

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