°•Amizades Ligadas Ao Fio Vermelho•°{ToraZulmi} + {MoraLinn}

•°Capítulo 8: Rompimento e Possível Nascimento de um Fio Vermelho...

🍎: Ufa...terminamos!
Diz aliviado.

🫐: Você só ficou sentado mexendo no celular!
Diz irritada.

🍎: É porque eu não fiz a bagunça.

🍏: E quem jogou suco na minha cara?!

🍎: Ninguém mandou você rir de mim...
Diz se espreguiçando.

🍎: Enfim, vou pra sala ficar com o véi. Vai que ele tenha um infarto...
Diz zuando.

🫐: Idiota...

🍋: Vou lá no quarto pegar meu mangá.
Diz saindo da cozinha.

🫐: Não, Linn! Temos que-

🫐: E ele já foi embora...

Torajo e Zulmi ficaram em silêncio, sem se encararem nos olhos...e o pior dessa história é que eles não sabiam do porquê estavam assim...

Quando Linn estava a caminho do quarto, um som baixo de choro vindo do quarto da mãe de Zulmi o fez parar. Ele ficou imóvel por alguns segundos, sem saber se deveria entrar e tentar entender o que estava acontecendo ou se daria espaço para ela. Mas aquele choro... mexia com ele. Era impossível ignorar.

🍋: Senhora?... Tá tudo bem?
Diz batendo suavemente na porta, com a voz baixa.

⭐: Sim! Pode entrar, querido...
Responde, com a voz embargada, mas forçando um tom de firmeza.

Ao abrir a porta, o que Linn viu o deixou ainda mais preocupado. O quarto estava organizado, mas havia fotos espalhadas por toda a cama. Fotos de alguém que ele reconhecia... o pai de Zulmi. Eram tantas fotos, memórias jogadas ali, cada uma parecendo pesada com o passar do tempo.

🍋: São muitas fotos...
Comenta, tentando suavizar o silêncio.

⭐: Sim... muitas fotos e muitos momentos... Responde, a voz trêmula enquanto segurava as lágrimas.

Ela se sentou na beira da cama, pegando uma das fotos. O olhar distante, perdido em lembranças de um passado que parecia tão presente naquele instante. Linn, sem saber exatamente o que fazer, se aproximou e se sentou ao lado dos travesseiros. Ele queria de algum jeito trazer conforto, mas não sabia como.

⭐: Mas não precisa se preocupar, querido. Não é algo que um garoto de 17 anos deva carregar...
Diz, tentando aliviar a tensão no ar, mesmo que sua dor ainda estivesse visível.

🍋: Tá tudo bem! Eu meio que sou o psicólogo do pessoal... sei ouvir.
Responde, sorrindo gentilmente, tentando trazer um pouco de leveza àquele momento.

Ela deu um suspiro profundo, como se as palavras fossem difíceis de sair, mas inevitáveis.

⭐: Sabe... eu nunca consegui seguir em frente. Ele foi meu primeiro e único amor. Ainda não consigo imaginar minha vida com outra pessoa. Sei que não foi culpa dele, mas... ainda sinto raiva por ele ter me deixado. Eu só queria... voltar no tempo e dizer o quanto eu o amava, antes de tudo isso acontecer.
Sua voz quebrou, e as lágrimas finalmente escorreram livremente.

Linn ficou em silêncio. Ele entendia aquela dor. O arrependimento, a sensação de não ter dito o suficiente, de ter deixado palavras importantes sufocadas por medo ou orgulho. Ele também sentia isso em relação a Morajo. Claro, não era a mesma situação. Morajo ainda estava vivo. Mas... e se ele tivesse ido embora para sempre? E se fosse tarde demais para dizer algo?
"Não, Linn, isso não é sobre você!" ele pensou, afastando seus próprios sentimentos. Ele a observou desabar, reconhecendo uma parte de si mesmo naquele desabafo.