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Cerca de uma semana se passou.
Não vi o António e muito menos lhe falei ou respondi às suas mensagens.

Sinto-me só. E a Constança Gonçalves nunca, mas mesmo nunca está só.

"Tiaguitxo
                            ola tiaguinho, tudo bem?

ola giraça, tudo e cntg?
     
                              tambem obrigada, disponível para passar o final de tarde comigo?

para ti, sempre

               otimo! vem ter a minha casa assim que poderes.

a caminho!"

Não é o que está certo, mas a vida só é vivida se houver risco.
E cá vou eu.

Arranjei-me com umas calças largas e um top branco com decote. Deixei o cabelo solto e apenas meti mascara de pistanas e vaselina nos lábios.

Distraio-me com o tempo mas volto à realidade quando ouço a campainha.

- Olá. - cumprimentei-o e de seguida ele cumprimentou-me de volta.
Entramos e fomos até à cozinha.

- Planos? - perguntou-me enquanto se encostava ao balcão. Fiquei de frente para ele.

- Tenho. - disse enquanto me aproximava ao seu corpo. Posicionei as minhas mãos no seu pescoço à medida que o encarava.

Ele sorriu e não resistiu.
Beijou-me e as suas mãos prendiam-se à minha cintura.

O beijo ficou cada vez mais intenso, especialmente a partir do momento em que me pegou ao colo e levou-nos até ao quarto.

Com todo o cuidado, pousou o meu corpo e tirou a sua t-shirt, ficando agora com aqueles abdominais estupidamente lindos à vista.
Eu sei. Não é certo. Eu ainda penso no António. Mas... Mas não sei.

Livro-me deste maldito pensamento e posiciono-me de uma forma melhor enquanto a língua dele percorre todo o corpo.

Este momento decorre em câmara lenta. O quente dos seus dedos a entrarem dentro de mim e eu a gemer cada vez com mais intensidade.
Ouvia na perfeição o arfar dele.

Foram um longos minutos, arriscaria a dizer talvez um hora.

Estamos os dois a recuperar fôlego, deitados na cama com apenas um lençol por cima.
Ele ouve o seu telefone que está na mesa de cabeceira a tocar.

- Fds o que é que este quer agora? - suspirou. - Atão Johny mekie?

- Olha mano daqui a uma hora há discoteca, é uma lá pós lados da casa do Samu, baza? - o João questionou-lhe.

- Sim na boa. - respondeu o Tiago. E eu apenas conseguia ouvir o que o Tiago lhe ia respondendo.

- Vou ligar à Constança para saber se ela quer ir.

- Não é preciso. - o Tiago fez uma ligeira pausa. - Ela vai, comigo. - disse, a sorrir. - Vá tchau mano.

- No que é que tu me metes-te Tiago Gouveia? - perguntei-lhe.

- Calma Constança Gonçalves, vamos curtir. - ele disse-me na maior das calmas.

- Ah? Curtir? - perguntei confusa.

- Ya, discoteca daqui a uma hora.

- UMA HORA? - perguntei indignada enquanto me levantava da cama a correr em direção ao closet. - NO QUE É QUE TU ME FOS-TE METER!

Ele ria-se enquanto eu quase tranpirava de nervosismo.

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- Vês, não era preciso ficares assim, estás um absurdo de linda. - ele elogiou-me antes de entrarmos na discoteca.

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Curtinho mas interessante.
O que será que vai acontecer na discoteca...? Novo capítulo em breve ❤️
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Difícil - ANTÓNIO SILVAOnde histórias criam vida. Descubra agora