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Acordei e deparei-me com o António deitado de lado a encarar-me.
Sorriu com os seus lindos lábios, e eu fiz o mesmo.

- Por mim, acordava todos os dias assim, contigo. - aiii este homem mata-me!!

- Reza para algum dia isso aconteça. - disse num tom de voz calmo e seguro, enquanto me deitava em cima dele.
Meti os meus braços abraçados ao seu pescoço, encostei a minha cabeça ao seu grande peito e ele pousou uma das suas mãos na minha cintura e a outra estava agora a fazer-me uma cafune.
Ficámos em silêncio, apenas com a respiração um do outro por alguns minutos.

- Tenho fome, bora tomar o pequeno almoço? - sugeri.

- Conheço uma boa pastelaria aqui perto, aceitas?

- Claro! - aceitei e sai de cima dele, fui vestir uns calções e um top super vibe verão e ele já estava vestido, sentado na cama a mexer no seu telemóvel enquanto estava à minha espera.

- Vamos? - perguntei-lhe.
Ele ficou especado a olhar para mim, sorriu ao ver o meu outfit e levantou-se.

- Estás linda. - disse enquanto caminhava em minha direção.
Demos um beijo que terminou com 2 selinhos.

Fomos até ao seu carro e conectei o meu telemóvel ao seu bluetooth e meti a música "Relacion" e fomos cantando alguns versos.

Alguns minutos se passaram e fomos até à tal pastelaria.
Chegámos e o António foi recebido de braços abertos pelo chef.
Pelos vistos já se conheciam e bastante bem.
Sorri envergonhada e cumprimentei o senhor com um beijo em cada bochecha.
Sentamo-nos e pedi umas torradas com um compal de pêssego, e o António pediu uma tosta mista e café com leite.
Enquanto esperávamos pela nossa comida, não conseguia evitar a sensação de estar a ser observada.

- Hey.. - chamou-me pegando na minha mão. - Estás bem, fuego? - perguntou-me.
Acenei com a cabeça.

- Não te preocupes, mas estou cheia de fome! - disse e ele sorriu, e de seguida o nosso pedido chegou.

Começamos a comer e de facto estava muito boa a comida.

- Isto está muiitoo bom! - eu disse e ele concordou acenando com a cabeça, visto que estava com a boca cheia.

Claro que quando terminámos de comer, foi uma guerra para ver quem pagava, mas no final acabou por ser ele a vencer.
Despediu-se do chef e voltamos ao seu carro.

- Planos? - perguntou-me.
Encolhi os ombros.

- Estamos a uma boa hora para bronzear. - sugeri.

- Constança, doce menina, aceita passar por minha casa e irmos à piscina para dar uns bons mergulhos? - convidou-me e eu ri-me com a forma como ele me convidou.

- Seria um gosto, simpático rapaz. Mas necessito passar por minha casa para ir buscar os meus pertences essenciais. - é estranho falar em chiques, ew.
Ele acenou com a cabeça e dirigiu então à minha casa.
Quando chegámos, perguntei se ele queria entrar e informei-o que não iria demorar. Ele negou e disse que me esperava dentro do seu carro.

Entrei em casa e fui até ao meu quarto, dentro de uma mochila meti o meu bronzeador, toalha, óculos de sol e uma mola para o cabelo.
Agarrei no primeiro biquini que vi no roupeiro e fui vesti-lo.
Em vez de vestir o mesmo outfit, troquei para um vestido branco com detalhes super fofos.

Voltei ao seu encontro e ele sorriu quando me viu, sorri de volta.

Em pouco tempo já estávamos em sua casa.
- Sinta-se à vontade donzela. - ele disse-me enquanto abria a porta.
Entramos e de seguida trancou a mesma.

- Vou só vestir uns calções de banho, volto já, fica à vontade! - informou-me ele, acenei com a cabeça e ele foi até ao andar de cima.
A sua casa era gigante.
Fiquei a admirar cada detalhe que ela tinha. A sala e a cozinha não estavam separadas, então a única coisa para distinguir cada uma das divisões era uma grande mesa de jantar.
Fui até à sala e observei os seus luxuosos móveis, e um deles continha uma moldura. Aproximei-me dela e vi uma foto do António quando era pequeno, juntamente com os seus pais e mais outro rapaz.
Passei o meu dedo indicador pelo rosto do pequeno António e sorri.

- É o meu irmão. - ouço-o a afirmar enquanto dava longos passos em minha direção.

- Irmão? - perguntei confusa. Senti o seu corpo atrás de mim e a sua mão pousou na minha cintura.

- Sim, o Armando. Pensava que sabias. - informou-me

- És uma caixinha de surpresas. - disse a gargalhar.
Ele riu-se e beijou-me a bochecha.
Pegou na minha mão e fomos até ao seu grande quintal.
Pousei a minha mochila numa espreguiçadeira, retirei o meu vestido e comecei a meter o meu bronzeador.
Ele como tem um tom de pele mais claro então tinha de aplicar o seu protetor solar.

- Ajudas-me? - perguntei enquanto esticava o bronzeador para perto das suas mãos, para me meter nas costas. Ele acenou e agarrou na embalagem.
As suas mãos quentes estavam em contacto com a minha pele e mais parecia uma massagem que ele me estava a fazer.
Quando terminou, deu uma leve palmada no meu rabo e beijou-me o ombro.
Soltei um risinho e trocámos de papéis.
Meti o protetor solar nas suas grandes costas e quando terminei, arranhei-o com as minhas unhas de gel para o provocar.
Ele respirou fundo.

- Não me desafies, fuego. - ele disse e eu gargalhei.

- Então? Bora à piscina? - perguntou-me com um sorriso.
Ele agarrou-me e pôs me ao seu colo, saltou para dentro da piscina sem avisar.

- Ahh está gelada! - exclamei depois de mergulhar.

- É uma piscina, não um jacuzzi princesa. - disse ele.
Ficamos muito perto um do outro.
Ele balançou a cabeça para os lados e a água do seu cabelo salpicou para todo o lado.

- Heyy!! - eu disse.
Ele riu e meteu a mão na minha cintura, arranjei o seu cabelo e beijei-o.
Separámo-nos e fui estender a minha toalha no chão, deitei-me de costas para cima a aproveitar o bom sol que está.
Antes de pousar a cabeça, consigo ver o António a nadar e a treinar a sua respiração.
Poucos minutos depois senti o seu corpo molhado deitado em cima do meu corpo seco.

- António estás gelado! Sai sai! - digo e ele ri-se.
Sinto o seu "amiguinho" que é mais para amigão a encaixar-se perfeitamente.
Ele abraça-me e agora estou completamente meia molhada.
Ficamos assim algum tempo e depois ele levantou-se para se embrulhar à toalha.

- Tenho fome. - avisei-o.
Ele começou a levantar as pistanas repetidamente com uma cara super safada. - Aham aham, fome de comida. - ele revirou os olhos.

- Queres encomendar algo? - sugeriu.

- Vamos antes cozinhar algo simples! - disse-lhe. Ele acenou com a cabeça e fomos para dentro, já secos, e apenas vestidos com as roupas de mergulho.
Abro o seu frigorífico e vejo uma embalagem de carne picada.

- Tens esparguete? - questionei-lhe.

- Yap! Naquele móvel. - ele disse enquanto apontava com o seu dedo para o móvel.

Retirei a embalagem de esparguete e comecei a preparar o nosso almoço.

Ele começou a preparar a mesa lá fora enquanto eu distribuia uma porção de bolonhesa para cada prato.
Em cada mão levei um prato e fui ao seu encontro.

- Bom apetite. - digo a pousar os pratos nos devidos lugares.

- Isto está muito bom! Tu cozinhas tão bem Constança! - ele elogiou.

- Obrigada moitié.

Terminámos de almoçar e regressamos aos mergulhos.
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Difícil - ANTÓNIO SILVAOnde histórias criam vida. Descubra agora