Terceiro capítulo

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Trem bala

– Papo reto, se tu continuar zuando minha mente desse jeito, sem pingo de medo, vou te encher de bala. -Faço cara feia cruzando os braços enquanto playboy beija o pescoço de Fernanda, na verdade, a puta da amante dele.- chamou pra que? Meu plantão acabou, e nem vou pro baile hoje.

Playboy: olha como tu fala, fica de caô falando uns bagulhos desses, tá falando com teus amigos não. -Solto um sorriso sarcástico olhando nos olhos da Fernanda que tinha uma cara de deboche.-

Vagabunda…

– Chamou pra que? -Ele soltou um suspiro.-

Playboy: Rala Fernanda. -A puta deu um beijo nele e saiu rebolando a bunda que nem tinha.-

– Com todo respeito, Wanessa sendo uma mulher do caralho de gostosa, e tu comendo essas putas que já ralou a buceta nos mano tudinho. 

Playboy: Tá chamando minha mulher de gostosa? -Levantou uma sobrancelha, dou de ombros sentando na cadeira em sua frente.-  Vou deixar passar pq tu gosta é de rola. 

Faço cara feia mas deixo pra lá.

Playboy: Digão vai sair do presídio. -Olho pra ele.- Conseguimos fazer ele ser preso só por porte de arma, não tem provas que ele é traficante, já que foi pego fora da favela com uma pistola. 

- Qual é o mês certo? -Olho pra parede atrás dele.-

Playboy: Esse mês que vai vir, o cara tá quase 4 anos preso. -Xingo de todos os nomes.- Tô avisando, pra você não ser pego de surpresa. A kay tá voltando pra favela, ela tá ajeitando os bagulhos da casa que eles vão morar.

– minha sogra sabe? -Ele soltou um risinho.-

Playboy: Tua “ex” sogra não sabe. E outra, vai ficar de plantão hoje no baile.- Resmungo.- E sem reclamar, porra. Quero tu rodando fora do baile, tá ligado que farrat tá ajeitando os caras na minha segurança, isso tá trocando os caras tudinho. Ele tá trocando os caras de turno e tal.

– não é problema meu, tu que botou esse bagulho de chamar um cara pra ficar como chefe da tua segurança. 

Playboy: Sim filhão, mas tu tá vendo os caras iguais antes? Ele tá fazendo certo, não tenho tempo de ficar rodando a favela toda pra ficar olhando cada um. A segurança tá ficando melhor, a organização dos plantão também.

– E só eu tomo no cu, né? Botando eu de plantão que só o caralho. 

Playboy: não fode, tu ficou dois dias em casa, e só ficou cerca de 6 horas na barricada. -Viro o rosto não negando.- vagabundo. 

– Tu que é, fica botando gaia na tua mulher com a Fernanda, que já já ela sabe e vem meter o terror naquela puta lá.

Playboy: Tô nem aí…vai, quero tu rodando fora do baile às nove. 

– Tu pode aumentar meu dinheiro, tá fazendo eu trabalhar demais.  -Ele fez que nem ouviu virando o rosto.- Pau no cu.

Levanto da cadeira puto da vida, abro a porta e dou de cara com quem, com o puto do Farrat. 

O homem é bonito, papo reto. Quando fui buscar manuele, reparei bem nele, não é de se jogar no lixo.

Ele encarou meu rosto e depois meus olhos, faço cara feia encarando ele de volta que cruza os braços. 

– Passa porra! Tu ne grande não. -Dou espaço pra ele que continua no mesmo lugar encarando meus olhos.-

Esse putô enlouqueceu? Terceira vez que me olha desse jeito. Ele passa a mão no meu ombro dando um aperto forte, prendo a respiração sentindo um calafrio.

Meu crime perfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora