Quinto capítulo

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Trem bala

Papo reto, o maluco fez aquilo do nada, fiquei até processando quando ele fez aquilo. Quando eu fui chamar ele, já tinha sumido de vista.

Olho pro chão todo sério, os caras inverteram de jogar uma bola, quero até ver a palhaçada já que tão tudo com rabo de cachaça por causa do baile.

JT: Vai jogar não?- perguntou tirando o relógio e o cordão de ouro.-

– Nada, faz nem uma hora que eu acordei, e pô, quatro da tarde ainda, tão tudo com fogo no cu. -Ele soltou uma risada dando um gole na cerveja.-

Carlinho: Eu nem dormi, tô rodado de ontem.

– Louco, e a tua mulher deixou vir jogar bola? -Ele negou fazendo o jt quase derrubar a cerveja de tanto rir.-

Carlinho: E ela tem moral? -Cruzou os braços.- Bora logo filho da puta, os caras tão separados os times.

JT: Espera caralho, nois vai ficar no time com camisa.

Carlinhos levantou puxando o jt pelo pela camisa, tudo doido.

Fico de boa só observando quem passa, tô achando muito calmo, algum bagulho tá estranho.

Tiro o celular do bolso começando a mexer no Instagram, escutou duas vozes se aproximando fazendo eu levantar a cabeça e achar o pilantra.

Farrat: Papo reto, eu sou o pai, claro que sei cuidar dele. -Fez cara feia pra uma mulher baixinha, a cabeça dela batia no ombro dele.- Vai logo dar essa tua buceta, fica irritando o cara, vai no sossego, qualquer coisa eu deixo ele na sua mãe ou na minha.

Natália: Eu só quero que ele se machuque, que eu arranco essa tua pica podre! -Eles pararam perto da minha mesa, nem perceberam que eu tô aqui.-

Farrat: Tão podre que tu sentava, cadela. -Puxou o cabelo dela pra trás fazendo.-

Natália: Enfim, olhe direito o gael. -O outro não falou nada virando a cara, foi daí que ele me viu, levantou uma sobrancelha na hora.- Tchau, nojento.

Farrat: Daqui a pouco eu falo quem é o nojento. -A ex mulher dele virou o rosto.-

Oxi, essa daí é a ex dele?

Natália só balança a cabeça na minha direção dando um sorriso e sai tirando o celular do bolso.

Coço o rosto olhando pro chão na minha frente, os caras colocaram a bola no meio do campo começando a jogar.

Farrat: Posso sentar aqui? -Olhei pra ele que me encarava esperando uma resposta, seu filho brincava com sua corrente tentando colocar na boca.-

– Sente. -Dei de ombros.-

Ele sentou do lado da minha cadeira colocando gael em cima da mesa.

Farrat: Não pode botar a corrente na boca, tá suja. -Brigou com seu filho que tentava botar a corrente na boca.- Gael…

Gael: papai… água…pipoca… -Falou várias coisas e eu não entendi nada, só três coisas mermo.-

Farrat: Você quer pipoca? -Gael balançou a cabeça todo sério colocando a mão no rosto do Farrat.- Bora comprar com o papai.

Gael: Não…-fez bico.-

Farrat: Oxi cara, você não quer? Bora comprar. -Gael negou virando o rosto.- É a mandada da tua mãe te mimando assim. -Fez cara feia.- trem.

– Fala. -Virei o rosto.-

Farrat: Faz um favor, olha ele aqui rapidão, só vou comprar um bagulho ali. Tá todo mimado. -Apertou a bochecha do filho que fez carinha de choro.- Alá, pare com isso.

Meu crime perfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora