🤍CAPITULO 2 - Sob o Olhar do predador

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Olá novamente!
Me perdoam a qualquer erro, os capítulos ainda não foram revisados!
Boa leitura 🤍


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  Wooyoung se pegou caminhando pelos corredores da Choi Enterprises no dia seguinte, sentindo-se um pouco mais confiante. A noite anterior foi longa, repleta de expectativas e um nervosismo crescente sobre o que estava por vir. Mas ele ainda estava determinado a se provar. Seu sorriso permanecia firme, mesmo que, no fundo, a atmosfera daquele lugar começasse a pesar sobre ele.

As pessoas que cruzavam seu caminho mal faziam contato visual. Era um ambiente carregado de formalidade, onde os funcionários pareciam mais máquinas do que seres humanos. Nada como ele havia imaginado, mas Wooyoung não se deixaria abalar.

— Jung Wooyoung, certo? — uma voz feminina chamou por ele. Ele se virou e encontrou uma mulher de óculos, com uma expressão séria. — Sou Yuna, a chefe do departamento de operações. O senhor Choi me instruiu a te apresentar as suas responsabilidades.

Ela não sorria. Não parecia estar animada em conhecê-lo, e muito menos entusiasmada em ser sua guia.

— Ah, claro! É um prazer, senhorita Yuna. — Ele sorriu, estendendo a mão, mas ela apenas acenou com a cabeça, ignorando o gesto.

Ela começou a andar à frente, e Wooyoung apressou o passo para segui-la. Enquanto caminhavam pelos corredores, ela explicou o básico sobre a rotina de trabalho: as planilhas, relatórios, e como ele deveria auxiliar diretamente no gerenciamento de algumas tarefas de alta prioridade. Tudo soava técnico e metódico, algo que ele sabia que conseguiria fazer com dedicação. Mas a presença constante de San em sua mente o distraía.

— Eu não sou de perder tempo, então vou direto ao ponto. — Yuna disse, virando-se para ele enquanto se aproximavam do escritório de operações. — Trabalhar diretamente com o senhor Choi não é para qualquer um. Ele é exigente e, para falar a verdade, impiedoso. Poucos duram muito tempo ao lado dele, então não se iluda achando que seu sorriso pode resolver tudo.

Wooyoung piscou, surpreso com a franqueza dela, mas manteve a compostura.

— Eu entendo. Vou me esforçar ao máximo para cumprir minhas funções e superar as expectativas.

— Vamos ver. — Yuna respondeu, parecendo cética. — Seu primeiro desafio será organizar os relatórios financeiros para a reunião de amanhã. Precisa ser feito de maneira impecável. E o senhor Choi gosta de revisar tudo pessoalmente.

Ao ouvir isso, Wooyoung sentiu um frio na espinha. Trabalhar diretamente com San... Ele ainda não conseguia apagar a imagem daquele homem frio e controlado da entrevista. E agora, saber que tudo o que ele fizesse seria revisado minuciosamente pelo próprio CEO não ajudava a aliviar seu nervosismo.

— Claro. Eu farei o meu melhor. — Ele disse, tentando parecer confiante.

Yuna assentiu e apontou para uma pilha de papéis na mesa ao lado.

— Boa sorte. — E, com isso, ela se retirou, deixando Wooyoung sozinho.

Ele se aproximou da mesa e olhou para os relatórios. O volume era intimidante, mas Wooyoung respirou fundo. Ele sempre foi bom com números e organização, então essa seria sua chance de mostrar seu valor.

Horas se passaram, e Wooyoung estava imerso no trabalho. Ele corrigiu erros, ajustou gráficos, e preparou uma apresentação clara e objetiva. O tempo parecia correr, mas seu foco era absoluto. Porém, algo o incomodava. De vez em quando, ele sentia um olhar sobre si, uma presença quase palpável.

Quando finalmente ergueu os olhos, viu que não estava sozinho.

Choi San estava parado à porta do escritório, observando-o silenciosamente. Seu olhar era intenso, quase predatório, como se estivesse avaliando cada movimento de Wooyoung, cada decisão que ele tomava, mesmo à distância.

— Senhor Choi... — Wooyoung disse, levantando-se apressadamente e se curvando levemente em sinal de respeito.

San deu um passo à frente, suas mãos nos bolsos do terno, os olhos nunca deixando os de Wooyoung. Havia algo no jeito que ele se movia, como se controlasse o ambiente sem precisar dizer uma palavra.

— Você está progredindo rápido. — San comentou, sua voz baixa e firme. — Mas o que adianta ser rápido se o trabalho não for perfeito?

Wooyoung sentiu o peso da crítica, mas manteve a calma.

— Eu revisei tudo com cuidado, senhor. Acredito que os relatórios estejam adequados para a reunião de amanhã.

San deu mais alguns passos, até estar bem ao lado de Wooyoung. Ele pegou um dos relatórios da mesa e começou a folheá-lo, seus olhos percorrendo as páginas com a mesma precisão que ele exibia em seus negócios.

— "Adequado" não é suficiente, Jung Wooyoung. — Ele murmurou, fechando o relatório com um estalo. — Eu não me contento com o mediano.

Wooyoung sentiu um nó se formar em sua garganta, mas não era de medo. Havia algo desafiador no tom de San, algo que despertava uma determinação em Wooyoung que ele não sabia que tinha.

— Com todo o respeito, senhor Choi... — Wooyoung começou, sua voz firme, mesmo que seu coração batesse acelerado. — Eu acredito que meu trabalho é mais do que "adequado". Me esforcei ao máximo para garantir que tudo esteja claro, preciso e pronto para ser apresentado.

San o encarou, seus olhos estreitando-se ligeiramente, como se estivesse surpreso com a resposta ousada. Um silêncio tenso se instalou entre eles, mas Wooyoung não desviou o olhar. Ele sabia que era arriscado, mas também sabia que San respeitava força.

Finalmente, San sorriu. Não um sorriso amigável ou acolhedor, mas um sorriso carregado de algo mais profundo, algo que Wooyoung não conseguia decifrar.

— Veremos amanhã. — San disse calmamente, virando-se para sair. — Mas lembre-se, Wooyoung... Eu gosto de ser surpreendido.

Wooyoung ficou parado por alguns segundos após a saída de San, sentindo o impacto daquele encontro. Havia algo no CEO que o fascinava, algo sombrio e ao mesmo tempo irresistível. Ele sabia que aquele emprego seria um desafio, mas, de alguma forma, sentia-se mais determinado do que nunca a provar que era capaz de estar à altura.

Enquanto a porta se fechava atrás de San, Wooyoung permitiu-se um pequeno sorriso.

Ele não sabia por quanto tempo conseguiria sobreviver ali, mas estava pronto para enfrentar o que viesse. Afinal, havia algo naquele homem que despertava mais do que medo. Havia uma curiosidade perigosa e inexplicável.

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Corações em Conflito - Woosan 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora