𝐄𝐥𝐢𝐬𝐞 𝐒𝐭𝐮𝐚𝐫𝐭
Eu estou em um pesadelo e quero acordar o quanto antes. Eu preciso. Eu estou presenciando um dos piores horrores, gritos, gritos e mais gritos. Johnny está esticado no chão a quantidade de sangue aumentando cada vez mais. Meu cérebro está confuso, meu corpo aflito, não sei o que fazer, meu corpo não reage.
Sandra está chorando, sua mão treme enquanto mexe no celular tentando ligar para a emergência. Sinto uma leve dor, mas não me importo onde é, eu já estou de joelhos diante de Johnny, sua pele está pálida e levemente suada.
Uma rajada de vento nos atinge, ele resmunga mais e eu coloco a mão no ferimento tentando evitar que o sangue saísse mais.
Falo com ele, tentando não me desesperar, para que compreendesse a minha voz e que se mantivesse acordado.
Lembro-me de quando fui eu quem precisou de ajuda, consigo entendê-lo por querer chamar a ambulância o quanto antes.
É possível perceber seu olhar em mim, pela pequena linha dos olhos, antes de fechá-lo completamente.ㅡ•ㅡ
É tudo culpa minha!
Tudo o que está acontecendo, as ameaças, as dívidas, pessoas sendo perseguidas e até machucadas por conta de mim. E o pior é que ninguém sabe a razão pela qual essas situações estão acontecendo. Sandra e Johnny, por exemplo.
Esse homem poderia até ter me seguido antes, sabendo onde Sandra trabalha ou até mesmo o meu trabalho, agora me seguiu até a casa da minha mãe, caso eu falhe, ela será uma das vítimas. Isso poderia estar acontecendo há dias e eu não ter percebido nada.
Mas ao mesmo tempo, eu estou em dúvida. Eu paguei uma parte, no dia certo, a quantia certa, vesti-me o que mandaram. Como eles pediram. Fui agredida, quase estuprada, por que afinal? Ser ameaçada e morta de qualquer jeito?
Sim, eu estou devastada, arrasada, humilhada. Uma pessoa está internada por minha culpa, Sandra está em desespero, eu estou em desespero, Keira também está.
Eu quero chorar, mas não posso, não posso, preciso ser forte, ajudar minha amiga a se acalmar e aguentar os novos problemas que estão por vir.
Eu estou em dívida com Johnny Livingston sem ao menos ele saber. Ele agora está dentro daquela sala, entre a vida e a morte, por nem saber a real razão.
E se tivesse morrido? E se ficar com sequelas? Seu pai irá caçar até o último fio de cabelo de quem fez isso com o filho.
Eu os conhecia o suficiente para saber que eles são como animais selvagens quando alguém mexe com um deles. Não há muitas notícias, mas sou advogada, mesmo que as informações não vá para o público elas se espalham silenciosamente. A parentela Livingston é grande, andam com gente importantes, advogados, políticos, médicos, militares.
E algo que acontece mais nesse meio, é a fofoca.
Eles podem acabar comigo, garantindo minha má reputação e nunca um trabalho influente, ou qualquer outro.
Seguro a mão de Sandra enquanto ela termina de beber a água ainda com as mãos tremendo. Mesmo com a mesma idade, eu me sinto responsável por ela.
Sua vida fora tão diferente da minha. Enquanto a sua chegava a se parecer como contos de fadas, tendo uma bela família, sem passar fome, estudos em dia, moradia, namorados, dinheiro. A minha era ao contrário.
Aguentei sofrimentos, passei por problemas que ela nunca há de enfrentar. E eu sou muito grata por isso, ninguém merece passar pelo o que passei, mesmo para o meu pior inimigo. Por essa razão que, nas situações no qual estamos enfrentando, ela não sabe como lidar. E eu estaria aqui para ajudá-la.
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ʟᴏᴜᴄᴏ ᴘᴏʀ ᴠᴏᴄê - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝟏
RomanceOs irmãos Livingstons - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝟏 +18🚫 𝖲𝗅𝗈𝗐 𝖡𝗎𝗋𝗇 - 𝖧𝖺𝗍𝖾𝗋𝗌 𝗍𝗈 𝗅𝗈𝗏𝖾𝗋𝗌 - 𝖮𝗅𝖽 𝗆𝗈𝗇𝖾𝗒 "𝖠𝗅𝗀𝗎𝗆𝖺𝗌 𝖼𝗋𝗂𝖺𝗇ç𝖺𝗌 𝗃á 𝗇𝖺𝗌𝖼𝗂𝖺𝗆 𝖺𝗆𝖺𝗅𝖽𝗂ç𝗈𝖺𝖽𝖺𝗌" 𝖲𝖾𝗋á 𝗂𝗌𝗌𝗈 𝗏𝖾𝗋𝖽𝖺𝖽𝖾? 𝖤𝗅𝗂𝗌𝖾 𝖲𝗍𝗎𝖺𝗋𝗍 �...