O Começo de Uma Amizade

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O parque estava movimentado naquela tarde ensolarada, repleto de risadas infantis e cores vivas. A grama verde se estendia como um tapete suave, enquanto as árvores ofereciam sombra para as mães que conversavam animadamente nos bancos. Foi ali, em meio ao som dos balanços e do vento suave, que Sn o viu pela primeira vez.

Ela estava brincando sozinha, desenhando formas na areia com um galho, quando notou um menino de cabelos escuros e olhos curiosos observando-a de longe. Ele parecia hesitante, segurando a mão da mãe, que o encorajava a se aproximar. Sn, que sempre foi amigável, sorriu para ele e acenou.

Oi, eu sou a Sn! — ela disse, com um sorriso que iluminava seu rosto.

O menino parecia um pouco tímido, mas logo soltou a mão da mãe e se aproximou. — Oi... eu sou o Ni-ki — respondeu ele, olhando para ela com uma mistura de curiosidade e nervosismo.

Os dois ficaram se encarando por um momento, até que Sn decidiu puxar conversa, apontando para o brinquedo de escorrega logo ao lado. — Quer brincar comigo?

Ni-ki assentiu, e, a partir daquele momento, foi como se um laço invisível tivesse se formado entre os dois. Eles correram para o escorrega, riram juntos e logo se esqueceram de qualquer timidez. Cada subida no escorrega era seguida por uma gargalhada, e cada descida parecia ser mais divertida que a anterior. As mães deles, que se conheceram ali mesmo, observaram a cena com sorrisos cúmplices.

Depois de algum tempo brincando, eles pararam para descansar em um banco próximo, ambos ofegantes e com os rostos corados de tanto correr. Ni-ki puxou uma folha que estava presa no cabelo de Sn e a mostrou, rindo. — Tem uma árvore na sua cabeça!

Ei! — Sn fez uma careta divertida, batendo levemente no ombro dele. — Agora você é meu amigo, então não pode rir de mim!

Quem disse que eu quero ser seu amigo? — ele provocou, mas seus olhos brilhavam de alegria.

Eu digo! — Sn respondeu, cruzando os braços e fingindo estar séria. — Agora você é meu amigo e a gente vai brincar sempre!

Ni-ki riu, e, naquele instante, ele soube que não tinha escolha. — Tá bom, eu aceito.

A tarde continuou assim, e, antes que percebessem, o sol já começava a se pôr no horizonte. As mães chamaram as crianças, e elas, relutantes, voltaram para os braços de suas mães.

Até amanhã, Ni-ki! — Sn gritou, acenando enquanto era levada pela mãe.

Até amanhã, Sn! — ele respondeu, acenando de volta, com um sorriso que deixava claro que ele mal podia esperar pelo próximo encontro.

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