Dúvidas e Certezas

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O fim de semana finalmente havia chegado, e Sn esperava por Ni-ki no parque onde sempre se encontravam. Ela estava nervosa, e não sabia ao certo o porquê. Desde que começaram a namorar, tudo parecia perfeito, mas, nos últimos dias, ela sentia um peso no peito. Era como se as pessoas ao redor estivessem observando e esperando que algo desse errado.

Enquanto ela chutava levemente as folhas secas no chão, Ni-ki apareceu, usando seu boné favorito e um sorriso largo no rosto. Ao vê-la, ele correu em sua direção e a puxou para um abraço apertado, levantando-a do chão.

Achei que você não ia mais aparecer! — ele brincou, colocando-a de volta no chão e dando um beijo rápido nos lábios dela.

E perder a chance de ver meu Japa? Nunca. — Ela sorriu, mas algo em sua voz não soava tão confiante quanto ela gostaria.

Eles se sentaram no banco de sempre, e Ni-ki percebeu que Sn estava um pouco mais quieta. Ele tocou sua mão, entrelaçando os dedos nos dela.

Tá tudo bem, coisinha? — ele perguntou, olhando para ela com preocupação.

É que... — Sn hesitou, mordendo o lábio. — Você já notou como as pessoas falam sobre a gente?

Ni-ki franziu o cenho, mas permaneceu calmo. — Ah, você tá falando dos rumores e dos comentários que fazem na escola?

Sim... Não sei, às vezes parece que estão esperando que a gente termine. É como se todos ficassem falando sobre nós, como se soubessem mais do que a gente sobre o que a gente sente.

Ele segurou o queixo dela delicadamente, levantando seu rosto para que ela o olhasse nos olhos. — Eu não ligo pro que os outros falam. Só ligo pra você. E, se você quiser que a gente continue, nada mais importa.

Ela sorriu, mas ainda havia uma sombra de incerteza em seu olhar. — E se... E se as coisas mudarem?

Ni-ki suspirou, aproximando-se mais e envolvendo-a em um abraço apertado. Ela sentiu o calor dele, o cheiro familiar que sempre a acalmava. — As coisas vão mudar, Sn. — Ele afastou o rosto para encará-la. — Mas eu prometo que, não importa como, eu vou me adaptar. A única coisa que não muda é o que eu sinto por você.

Sn fechou os olhos, absorvendo as palavras dele. Era tudo o que ela precisava ouvir. Com os dedos ainda entrelaçados, ela puxou Ni-ki para um beijo. Dessa vez, foi um beijo mais urgente, como se ela precisasse se lembrar de que ele estava ali, de que tudo aquilo era real. As mãos dele subiram para os cabelos dela, os dedos se enroscando nas mechas enquanto ele a puxava para mais perto, aprofundando o beijo.

O coração de Sn disparava, e ela se entregou ao momento, deixando todas as dúvidas se dissiparem. Quando o beijo finalmente se desfez, ambos estavam ofegantes, com os rostos próximos e as testas encostadas.

Eu não quero te perder, Ni-ki — ela sussurrou.

Ele a olhou com seriedade, mas havia um brilho suave nos olhos dele. — E você não vai. Eu tô aqui, e vou continuar aqui. A gente vai fazer isso dar certo, porque eu quero isso tanto quanto você.

Ela sorriu, finalmente sentindo a paz que tanto buscava. — Obrigada.

Ni-ki sorriu e a beijou mais uma vez, dessa vez de forma mais suave, com o carinho e a ternura que faziam Sn sentir que tudo ficaria bem.

Depois de um tempo sentados juntos, conversando sobre coisas banais, eles decidiram dar uma volta pelo parque. O sol estava começando a se pôr, e a luz dourada iluminava os rostos deles, fazendo tudo parecer mais bonito, mais real. Enquanto caminhavam, Ni-ki passou o braço ao redor dos ombros de Sn, puxando-a para mais perto.

Eu acho que a gente devia se afastar do drama das pessoas e focar só na gente. Que tal um encontro só nosso hoje à noite? — ele sugeriu.

Ela riu. — E o que você tá planejando?

Surpresa. — Ele piscou, e Sn sentiu o coração acelerar, curiosa e animada.

Naquela noite, Ni-ki a levou para um restaurante pequeno e aconchegante, iluminado por luzes suaves que criavam uma atmosfera romântica. Eles se sentaram em uma mesa reservada perto da janela, com vista para a cidade. Sn olhou ao redor, impressionada.

Como você sempre sabe o que eu gosto? — ela perguntou, sorrindo para ele.

Porque eu presto atenção. — Ele deu de ombros, mas o sorriso nos lábios mostrava o quanto ele se importava.

Durante o jantar, eles conversaram sobre o futuro, as esperanças e os sonhos que compartilhavam. Ni-ki segurou a mão dela sobre a mesa, o polegar acariciando suavemente a pele dela, e Sn sentiu o coração aquecer com cada palavra.

Eu quero estar com você, mesmo quando as coisas forem difíceis. — Ele a olhou nos olhos, a expressão séria. — Eu sei que a gente ainda é jovem, mas o que eu sinto por você é real.

Sn sentiu uma onda de emoção atravessá-la. Ela apertou a mão dele e sorriu. — Eu sinto o mesmo. Não importa o que aconteça, a gente vai passar por tudo juntos.

Eles terminaram a noite caminhando pela calçada, de mãos dadas. A brisa fria os envolvia, mas o calor da presença um do outro era tudo o que precisavam para se manterem aquecidos.

Naquele momento, Sn soube que, não importava o que os outros dissessem ou fizessem, ela e Ni-ki estavam juntos, dispostos a lutar pelo que sentiam.

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