Amor Criminoso!

Capítulo 37

A Pequena Mestre do Jogo.

Na mansão luxuosa de Rubi e Heitor, o som de peças de xadrez se movendo sobre o tabuleiro ecoava pela sala. Claire, agora com pouco mais de um ano e meio, sentava-se em uma cadeira alta, sua expressão concentrada, enquanto enfrentava seu pai, Heitor, em uma partida de xadrez. A menina tinha uma curiosidade natural e um brilho de determinação nos olhos que lembrava bastante os traços de seus pais.

Heitor, que sempre fora competitivo, não deixou de lado seu orgulho nem mesmo ao jogar com sua filha. Ele observava atentamente cada movimento da pequena, impressionado com a habilidade surpreendente que ela já demonstrava. Claire, com seus dedinhos ágeis, movia as peças pelo tabuleiro com precisão e fazia jogadas que deixavam Heitor intrigado.

Depois de alguns minutos intensos de jogo, Heitor percebeu que estava encurralado. Claire sorriu, triunfante, ao mover sua última peça e anunciar:

— Xeque-mate, papai! — disse Claire, com uma voz doce, mas um tom de vitória claro.

Heitor riu, surpreso, enquanto passava a mão pelo cabelo, tentando entender como sua pequena havia conseguido derrotá-lo tão rapidamente. Rubi, que estava sentada em um elegante sofá próximo, acompanhando a partida, deixou escapar um sorriso orgulhoso. Ela cruzou os braços e comentou:

— Veja só, se ela não é a minha cópia! Astuta e estrategista, já sabe manipular até o tabuleiro para conseguir o que quer.

Heitor olhou para a esposa e riu, concordando com a observação dela. Depois, se voltou para Claire, que sorria satisfeita:

— É verdade, meu amor, ela tem muito de você. Mas também vejo um pouco de mim nela. Esse jeito competitivo, essa vontade de vencer... Claire tem um pouco do melhor de nós dois.

Claire sorriu com orgulho ao ouvir os pais falando dela daquela forma e disse, em um tom confiante que parecia até mais adulto do que sua idade:

— Eu vou ser uma jogadora nata, papai e mamãe! Vou dominar o mundo do xadrez... e tudo mais que eu quiser!

Rubi e Heitor trocaram um olhar cúmplice, como se vissem na filha um reflexo de suas próprias ambições e estratégias. A pequena Claire parecia destinada a um futuro brilhante e, assim como os pais, mostrava que não se contentaria com pouco.