O Julgamento.
O tribunal estava repleto de um ar tenso e expectante, com olhares curiosos e especulativos. O juiz adentrou a sala, e todos se levantaram em respeito. Heitor, sentado na mesa da defesa, sentia o peso do mundo em seus ombros. Ele olhava para Rubi, que estava na plateia, radiante e aparentemente despreocupada, mas Heitor sabia que, por trás daquele sorriso, havia um jogo que ambos precisavam jogar com maestria.
"Estamos aqui para discutir o caso de Heitor Ricci, acusado de homicídio," anunciou o juiz, sua voz firme ecoando pelo espaço. "A acusação alega que a ré, Rubi Alencar, também deve ser considerada cúmplice neste crime."
Heitor sentiu um frio na espinha. A tensão no ar aumentou enquanto a promotoria se levantava, apresentando seu caso com fervor. "Senhoras e senhores do júri, o acusado não atuou sozinho. Ele tinha um parceiro, uma mulher que não é apenas sua namorada, mas também sua cúmplice. Rubi Alencar estava presente durante o crime e, portanto, deve ser responsabilizada."
As palavras da promotoria reverberaram na sala, e Heitor se virou para olhar Rubi, cujos olhos se estreitaram, demonstrando sua determinação em não deixar que a situação a consumisse. O advogado de Heitor, percebendo a gravidade da situação, levantou-se rapidamente. "Excelência, permitam-me responder."
Ele apresentou uma defesa sólida, focando nas evidências que favoreciam Heitor. "Meu cliente, Heitor Ricci, agiu sob circunstâncias que não podem ser ignoradas. Além disso, apresentamos provas de que Rubi Alencar estava em outro lugar durante o crime."
Heitor sabia que essa era uma estratégia arriscada. Ele e Rubi, com a ajuda do advogado, haviam cuidadosamente elaborado um álibi. Enquanto os investigadores seguiam Rubi, ela havia se encontrado com amigos em um evento beneficente na mesma noite em que o crime ocorreu. A presença de testemunhas e fotos do evento reforçava a história que haviam criado.
"Temos a declaração de várias testemunhas que confirmam que Rubi estava a uma distância segura do local do crime," continuou o advogado. "Ela não teve qualquer participação nos eventos que levaram à morte de Enrico."
As palavras ecoaram na sala, e o júri parecia interessado. Heitor respirou um pouco mais aliviado, mas o nervosismo ainda persistia. Ele sabia que a pressão estava sobre seus ombros. Ele estava disposto a tudo para proteger Rubi, mesmo que isso significasse sacrificar sua própria liberdade.
A promotoria, percebendo que a defesa estava ganhando força, tentou rebater. "É fácil criar álibis em um mundo onde todos têm celulares e câmeras. Contudo, isso não significa que a ré não teve a intenção ou conhecimento sobre o que estava acontecendo."
Heitor, decidido, fez uma pausa e, com a voz firme, virou-se para o júri. "O amor pode nos levar a lugares sombrios, mas eu sou o único responsável por minhas ações. Não posso deixar que minha namorada, a mulher que amo, pague por algo que eu fiz."
As palavras de Heitor ressoaram, e ele sabia que tinha que manter seu foco. O julgamento estava apenas começando, mas cada decisão que tomavam poderia moldar o futuro que ambos almejavam. As cartas estavam na mesa, e agora era hora de jogar o jogo até o fim.

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Amor Criminoso!
RomantizmBoa Tarde, Queridos Leitores! Prepare-se para entrar em um mundo onde a sedução e o perigo andam lado a lado. Em um universo onde a elite esconde seus segredos mais sombrios por trás de mansões luxuosas e sorrisos impecáveis, um romance proibido ame...