Brighton

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A semana do casal passou rápida, com mais duas reuniões durante a semana com a equipe de marketing e a produção do filme. Luke só voltou em casa na quinta para arrumar a mala que levaria para a casa dos pais com Nicola no fim de semana, agora ele tinha mais roupas na casa dela do que na sua, Nicola amava. Ela amava tê-lo por perto, sempre prestativo, amoroso e voraz na cama, ou no sofá, banheiro, chão da sala, bancada da cozinha, por todo o apartamento. Não tinha um canto que já não tivesse sido experimentado pelo casal em clima de lua de mel. Na quarta, Nicola recebeu uma ligação da cunhada, extremamente animada, avisando que a família estava preparando uma surpresa para Luke pelo sucesso do irmão no show. Nicola amou o fato de terem incluído ela na organização, para ela significava que eles queriam que ela realmente fizesse parte da família, mas isso não a deixava menos aflita. Ela estava ansiosa, já havia conversado com os pais de Luke várias vezes por chamadas e eles eram sempre cortês com ela, mas ainda assim ela estava inquieta e aflita para conhecê-los pessoalmente.

Quando saíram na sexta pela manhã ela fingia uma tranquilidade que não sentia, Luke tinha notado.

– Está tudo bem? – perguntou.

– Sim. – a resposta rápida e curta dizia exatamente o contrário.

– Tem certeza? – ele insistiu enquanto estavam parados em um semáforo.

– Sim. 

– Nic olha pra mim. – Luke pediu. Ela parou de olhar os carros pela janela e olhou para ele. 

– Eles vão amar você. É impossível não amar você. – Luke falava com segurança, segurando firme a mão dela. O semáforo ficou verde, fazendo Luke voltar a dirigir quebrando o contato com Nicola.

– Você me ama, é diferente.

– Não é diferente. Relaxa, eles vão preferir você do que a mim. – Nicola soltou um sorriso junto com um suspiro. 

– Eu amo você. – ela ainda sorria. Luke sorriu de volta.

– Também amo você, mas tô amando mais ainda vê a grande loba com medo. – Luke sorriu debochado.

– Não estou com medo! – Nicola protestou.

– Não?

– Só um pouquinho. – ela fez um bico como uma criança dengosa. Luke sentiu vontade de beijá-la.

– Não faz isso. – ele pediu.

– Isso o que? – ela fez novamente o bico.

– Loba. 

– Loba, nada. Você não pode fazer nada. Não adianta usar esse tom de aviso. – ela provocou. Sabia que estava brincando com fogo, Luke era mestre em castiga-la no sexo, se sentia ciúmes ou se ela fosse “desobediente” ele descontava na cama, eram os dias que ela saia com muitas marcas avermelhadas nas nádegas e com certeza era quando tinha os orgasmos mais intensos e demorados.

– Eu não posso fazer nada agora, mas não vamos ficar nesse carro pra sempre, Loba. – Nicola arrepiou quando o loba novamente veio é um tom de aviso, mais severo e perigoso. Ela estava deliciosamente ferrada.  – Ficou muda? – Luke levou a mão à perna de Nicola e apertou com força, fazendo-a sentir dor e gostar da dor ao mesmo tempo. 

– Você não me assusta. – Nicola se amaldiçoou por sua voz ter saído como um gemido.

– Eu não quero te assustar, loba. – ele estava concentrado na direção do carro, mas Nicola conseguia sentir seu corpo queimar como se eles estivesse a olhando diretamente. – Te assustar nunca é a intenção meu amor. – ele sorriu perverso, deixando Nicola ainda mais quente. Ela se calou, apenas imaginando o que ele poderia e iria fazer com ela, sentia a intimidade se contrair, animada pelo que viria. 

DUAS METADES - NEWGHLAN Onde histórias criam vida. Descubra agora