Prólogo

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Gente, está sendo meio complicado adaptar essa fanfic, pois tem muitos nomes e sobrenomes kk é meio complicado encaixar! Então, se ocorrer de algumas coisas não fazerem sentido, só sigam o roteiro e continue lendo! hahaha 

A Jenna vai ser meio russa nessa fic, então, não estranhem isso, por favor rsrs



JENNA



A mansão estava silenciosa e escura, esgueirei-me por baixo dos móveis ouvindo meu pai gritar, ele discutia severamente com alguém, eu nem deveria estar ali, sabia como era perigoso, da última vez que me pegou fora do quarto, levei uma surra que me deixou marcas pelo corpo por vários dias. Ainda tinha a sensação dolorida, aquela maldita queimação do cinto de couro nas minhas pernas. Sempre me perguntava por que meu pai fazia aquilo, e por que Giorgina, minha mãe, não me defendia. Na verdade, ela parecia não gostar de mim, quase nunca me dirigia à palavra, e sempre me olhava com raiva. Passei a acreditar que era um fardo, e que merecia tudo aquilo.


— Nós fizemos um acordo — papai falou de maneira exasperada. — Foi assinado, seu pai concordou!

— Meu pai está morto, Edward — outro homem disse, em um tom rude.

— Não vai falar com a garota — irritado, meu pai pareceu rosnar. — Jurei que nunca revelaria sobre isso, Jamie e Grigoriy assinaram...

— Eu vou enfiar a porra desse papel na sua bunda, caralho! — gritou o visitante, tentei reconhecer sua voz, mas o sotaque arrastado dificultava. — Vou falar com ela a sós, e se me impedir, mato todos vocês e a levo comigo.

— A leve de uma vez, posso fingir que morreu... — meu pai sugeriu, e tremi ao imaginar que ele poderia estar se referindo a mim.

— Um covarde filho da puta, é isso que você é, Edward. — A voz do homem diminuiu, mas, ainda assim, era assustadoramente ameaçadora. — Jenna vai ficar aqui, e vai ser tratada como uma mulher digna, e se ousar tentar contra a vida dela, todos vão saber da verdade.

— O que quer com isso, Addams?

Addams. Aquele nome me era familiar, já o ouvi antes. Agora eu estava mais confusa, o que ele fazia aqui se era nosso inimigo declarado?

— O tempo vai dizer o que eu quero, agora busque a garota.

— Não — outra vez meu pai negou.

— Não me faça ordenar outra vez. — Ouvi o engatilhar de uma arma.

Logo o som de uma cadeira derrubada ecoou, passos apressados rangeram no piso de madeira. Meu coração acelerou, apressei-me em sair de onde estava, precisava voltar para o meu quarto, esconder-me. Tentei correr de forma silenciosa, mas então uma mão pesada agarrou meu pescoço por trás, quase me derrubando no chão.

— Te disse para ficar no quarto, garota! — resmungou raivoso, mas diferente das outras vezes sua voz saiu baixa, como se temesse que alguém o escutasse.

— Desculpe, pai... — tentei me explicar, e ele me interrompeu.

— Não diga uma só palavra sobre aquilo — me ameaçou, com seu olhar cruel sobre mim. — Ou farei mil vezes pior dessa vez.

Meu corpo estremeceu só com a ideia de seus castigos se tornarem pior, ele me arrastou para dentro do seu escritório, empurrando-me para uma das cadeiras, caí de mal jeito, sentindo minha carne doer pela pancada. Encolhi- me sem saber se poderia encarar o outro homem, fazer isso

sem a permissão do meu pai me deixaria em apuros, eu havia aprendido minha lição.

— Saia, Edward — o homem rugiu, e o medo me tomou.

O que ele iria fazer comigo? Me bater? Torturar? Me matar?

Engoli em seco sem ter coragem de levantar a cabeça, ouvi a porta se fechar, logo em seguida o homem se aproximou, tentei não me mover e respirar, fazer isso ao mesmo tempo, era difícil. Ele estranhamente se abaixou, apoiando um joelho no chão, pude ver seu cabelo, não era claro, nem muito escuro, se parecia com o meu.

— Jennie — falou, abaixando-se para me olhar.

— Meu nome é Jenna, senhor — o corrigi com educação, e instintivamente me encolhi com medo de uma represália.

— Me desculpe...

— Olhe para mim — exigiu e eu o obedeci. — Nunca mais abaixe a cabeça diante de qualquer pessoa, não se desculpe por nada e não tenha medo.

— Meu pai...

— Ele não é seu pai, Jennie — repetiu o nome errado outra vez, mas não o corrigi, estava tentando processar o que havia acabado de escutar.

— Não estou entendendo... — Balancei a cabeça, confusa, sem saber do que estava falando.

— Eu vou te explicar tudo. — Estendeu a mão para mim, com um sorriso no rosto. — Me chamo Georgie, sou seu irmão.

Arregalei os olhos, surpresa e assustada, não queria acreditar no que dizia, ao mesmo tempo, se aquilo fosse verdade, responderia muitas das minhas perguntas, mas significaria algo muito pior, eu me tornaria uma inimiga dos Galpins.

A Máfia - JEMMA (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora