𝟎𝟕. ㅤㅤ𝓗𝑨𝑵𝑫𝑺 𝓣𝑶𝑼𝑪𝑯.

1.3K 157 136
                                    



 𝟎𝟕.﹙Hands touch.﹚

﹚

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



O convento estava quieto, silencioso. Desde que Charlie teve sua conversa com Sarah na capela, ele estava decidido a tentar amenizar a tensão entre eles, mesmo que isso estivesse começando a desorganizar a sua própria mente. 

As perguntas inquietantes não o deixavam. "Por que os mandamentos tem que ser tão severos, a ponto de impedir que duas pessoas se aproximem?" Não que ele planejasse algo com Sarah, mas se questionava se aquilo realmente iria contra a vontade divina. 

Sua voz suave, suas dúvidas inocentes, os olhares silenciosos que trocavam... Tudo o deixava em uma estranha paz que ele não queria se afastar, não queria perder.

Nos dias que se seguiram, ele notou que algo começava a mudar dentro de si, algo que ele não podia ignorar. Para alguém que sempre viveu firmemente apegado aos ensinamentos, agora ele se questionava sobre as proibições que antes pareciam inquestionáveis

Se perguntava por que o amor e o desejo eram considerados pecados, como se fossem algo sujo, indigno, algo que deveria ser contido. 

"Será que Deus realmente deseja que nos afastemos do que nos torna humanos?" A dúvida lhe atingia. 

Ao pensar em Sarah, aquele desejo se misturava com algo ainda mais profundo. Ela era uma freira, sim, mas antes disso era humana. Assim como ele.

Em um fim de semana após conseguir um dia de folga, Charlie decidiu afastar-se um pouco do convento. Estava precisando de um tempo longe, talvez para refletir. E antes que percebesse, a ideia de convidar Sarah surgiu em sua mente, junto com a dúvida.

"E se ela aceitasse? Será que recusaria?" Com o coração acelerado, ele buscou por ela no convento, decidido.

⎯⎯⎯ Sarah ⎯⎯⎯ Charlie a encontrou no jardim, enquanto cuidava da floração. Ela se vira, seus olhos encontrando com os dele. ⎯⎯⎯ Estou indo para a cidade hoje, e gostaria de uma companhia. ⎯⎯⎯ Ele sorri, agora mais confiante, sem medo. Sabia o que queria. ⎯⎯⎯ A sua, de preferência.

Sarah hesitou, os olhos surpresos, como se a proposta fosse inusitada.

⎯⎯⎯ Faz tanto tempo que não vou à cidade. ⎯⎯⎯ Ela responde, mordendo o lábio, claramente dividida. ⎯⎯⎯ A irmã Isabelle poderia ir com a gente?

Charlie conteve um suspiro. Não era bem o que imaginava, mas assentiu, compreensivo.

⎯⎯⎯ Claro, irmã Isabelle será bem-vinda. ⎯⎯⎯ Respondeu, lançando um sorriso. 

Charlie ficou surpreendemente aliviado por Sarah aceitar o convite, com um sentimento evidente de felicidade. Mesmo que houvesse planejado uma viagem a dois, passar um tempo com Sarah longe da paróquia já seria o suficiente.

devotion, nicholas chavezOnde histórias criam vida. Descubra agora