Capítulo 2 - Diana Espinosa

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Ao chegar em casa, esperava encontrar minha tia assistindo mais uma de suas séries turcas, que eu não consigo achar nenhuma graça. Mas ela estava sentada à mesa, me esperando para uma conversa, e nada poderia me preparar para o que ela iria me dizer.

Antes que eu me sente ela diz de uma vez. - Oscar e Dora estão mortos!

Neste momento desabo na cadeira, e as lembranças da minha vida começam a rodar como um filme em minha cabeça. Com 7 anos, meus pais iriam começar a trabalhar na casa da família Bianchi. Como eles não queriam que eu tivesse contato com essas pessoas, minha mãe me mandou para morar em um convento, mas meu pai mudou a rota e me enviou para a casa de sua irmã mais velha, Ramona.

Tia Ramona tem 47 anos, com cabelos castanhos escuros, olhos da mesma cor, e apesar da idade, tem um corpo com físico de dar inveja em muitos. Na época não entendi o motivo dessa mudança repentina, mas conforme os anos foram se passando, minha tia foi me explicando.

A verdade era que a tia Ramona não era só uma mulher que se aposentou nova, mas sim, uma que trabalhou para a máfia como assassina por muitos anos, até que se aposentou porque acabou se machucando e ficando debilitada. Meu pai me enviou para casa de sua irmã, para que esta me contasse sobre tudo na máfia de Nova York, e também para me treinar para o dia que eu finalmente retornaria para junto de meus pais.

A verdade era que, meus pais começaram a trabalhar na casa de Vincenzo Bianchi, o chefe da máfia do Norte de Nova York. Meu pai atuando como um de seus soldados e minha mãe como cozinheira da mansão. E, como minha mãe não queria que eu me envolvesse com a máfia, me mandou para o convento, mas meu pai queria me preparar para qualquer coisa, por isso me enviou para a tia Ramona.

Minha tia me ensinou diversas técnicas de luta e a usar armas. Além de que, me instruiu sobre como funcionam as formas de organização da máfia e como ela atua. Com minha tia, também aprendi a falar italiano e russo. Hoje em dia, tia Ramona fala que sou a melhor lutadora e atiradora que ela já ensinou, e que eu sou uma ótima assassina. Não posso discordar, pois, foi a mesma que me treinou. Assim que as lembranças de meu passado vão embora, consigo finalmente pronunciar uma frase: - Tia, o que aconteceu?

- A governanta da mansão dos Bianchi me ligou dizendo que seus pais iriam passar um final de semana em um chalé para comemorar 28 anos de casados, e no meio do caminho o carro saiu da estrada, causando o falecimento dos dois. - Minha tia responde com o semblante triste, mas também vejo um ar de desconfiança em sua voz, fazendo-me recordar o que me disse uma vez.

- Tia, me lembro uma vez que me disse, que muitas vezes a máfia usa de acidentes para encobrir assassinatos. Você acha que tem a possibilidade de esse ser o caso? - eu pergunto.

Tia Ramona levanta a cabeça, olha nos fundos dos meus olhos e responde: - Diana, não posso te dizer com certeza que esse acidente foi forjado. Mas por algum motivo, não consigo acreditar totalmente que não tenha algum mistério por trás dele. - Reflito durantes alguns segundos, ou até mesmo minutos e tomo uma decisão.

- Amanhã mesmo eu irei para o enterro dos meus pais, e após isso, pedirei um emprego para os Bianchi, para assim, assumir o cargo de minha mãe. Lá de dentro conseguirei investigar sobre a morte dos meus pais, se realmente foi um acidente. E se caso as nossas suspeitas estiverem certas, a cidade de Nova York junto com a máfia irão ruir. - digo por fim.

Entre a Máfia e os SegredosOnde histórias criam vida. Descubra agora