Kan estava no centro da arena, com o arco levantado e um sorriso alegre em seu rosto, seu corpo estava quase completamente queimado e parecia que iria cair a qualquer momento. Sua face desfigurada e cortes em seu corpo, demonstravam todo o esforço que fizera nesse combate. A humanidade gritava, contente pela vitória de Kan e pelo primeiro ponto para a humanidade, já os Deuses gritavam de desgosto ao humano. Kan olhou para onde o corpo de Tupã estava, sentindo a alma do Deus desaparecer. Herja reapareceu atrás dele, seu corpo estava igualmente machucado, mas sem tantas deformidades e cortes, igual Kan.
— Você foi bem— Respondeu ela com um sorriso vitorioso mo rosto.
— Sem a Senhorita eu não conseguiria— Disse Kan.
Herja analisou o corpo dele, notando os diversos machucados de Kan— Vamos logo a enfermaria. Isso pode piorar gravemente se não cuidado logo.
— Só tenho que fazer uma coisa antes— Respondeu Kan com um sorriso assassino.
O humano deu curtos passos até o lado direito do Coliseu, ficando na área divina. Os Deuses continuaram a xingar ele e alguns choravam de tristeza. Kan bateu o pé no chão, fazendo todos eles calarem a boca.
— Viram só?— Gritou Kan— Vocês desafiaram a humanidade e perderam! Saibam que isso é só um gostinho do que está por vir! Vamos aniquilar— Kan ergueu seu olhar a área VIP dos Deuses, encarando Zeus olho a olho— Todos vocês, seu bando de merdas!— Rugiu Kan se virando e saindo da arena com Herja ao seu lado, seus passos cambaleantes, mas cheios de determinação.
A plateia humana explodia em gritos de comemoração, enquanto na área dos Deuses, o silêncio pairava como uma nuvem de tensão. Zeus, com a expressão sombria, observava Kan se afastar. Suas mãos apertaram o braço de sua cadeira com tanta força que o mármore ruiu.
— Senhor Zeus?— Disse Hermes, chegando a área novamente.
— Oque Hermes?— Perguntou ele
— Você está bem?— Perguntou o perguntou Hermes, notando o rosto severo de Zeus.
— Estou, sim. Apenas...— Zeus levantou a face, estampando um sorriso alegre— Queria ter posto meu nome na lista!
Osíris olhou de relance a Zeus, sentindo a felicidade do tal. Ele se levantou e começou a sair da área VIP, ainda incrédulo com o acontecido.
Loki se acomodou em sua cadeira, dando uma risada sutil— Isso é realmente divertido. Mal posso esperar para minha vez.
Os deuses na arquibancada estavam abalados. O choque da derrota de Tupã ainda reverberava entre eles. Anhangá tentava consolar Jaci, que ainda chorava pela perda de seu amado. Muitos deuses gritavam de fúria, outros, em silêncio, refletiam sobre o poder inesperado da humanidade. A derrota de Tupã era um aviso: os humanos não eram mais presas fáceis.
— Jaci... não chore— Falou Anhangá, chorando— Tupã nunca quis que ficássemos tristes por isso. Temos que ser fortes... igual ele foi.
Jaci, ainda com os olhos cheios de lágrimas, balançou a cabeça, tentando encontrar consolo nas palavras de Anhangá. Ela olhou para o céu, onde a essência de Tupã havia desaparecido, e sussurrou:
— Você sempre será lembrado... meu amor.
Na arquibancada dos humanos, o clima era oposto. Gritos de alegria e cânticos de vitória ressoavam, acompanhados pelo som ensurdecedor de aplausos. O nome "Kan" ecoava por toda parte, como um símbolo de esperança e resistência para a humanidade. Os Mongóis pulavam e bebiam, comemorando a morte do Deus e a vitória de Kan sobre eles. Na área VIP, Brunhilde estava com um sorriso de satisfação no rosto, observando o tumulto de emoções ao redor. Eir, ao lado dela, ainda parecia atônita com o que acabara de acontecer.
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Ragnarok Apocalipse
Historical FictionA cada mil anos os Deuses se unem para decidir assuntos gerais, mas dessa vez a proposta de eliminar a humanidade é aceita, mas uma Valkyria pede uma chance da humanidade provar seu valor, em um torneio de 13 contra 13. Porém depois de uma intervenç...