Deus dos Raios

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2.000.000.000 A.c.(Dois bilhões)





Há muito tempo, quando a criação dos humanos ainda estava em desenvolvimento, em algum lugar do Oeste África, os Deuses africanos se divertiam com os jovens humanos que habitavam à terra. Entre os diversos Deuses daquele panteão, um Deus desconhecido e de pouca importância habitava à terra, seu nome era Tupã.



Tupã era apenas mais um Deus dos Raios do panteão, não chegava ao nível de Xango e Àrá. Tupã era apenas um Deus pequeno e fraco, sem objetivos grandiosos e fraco.



Em uma manhã normal para o mundo dos Deuses, ele estava relaxando em baixo de uma árvore, ouvindo os pássaros cantarem e as brisas suaves que passavam pelas folhas. O ambiente era tranquilo, e Tupã estava imerso em seus pensamentos, apenas pensando no que iria fazer mais tarde, oque comeria e tal. Com o passar de algumas horas, Tupã sentiu algo atrapalhando seu relaxamento, ele abriu seus olhos lentamente.



- Oh! Tupã- Disse a figura- Dormiu o dia todo foi?



- Que, que você quer? - Perguntou Tupã, esfregando os olhos.

Diante dele estava uma figura alta, de pele branca e cabelos prateados, além de olhos vermelhos. Vestia alguns trapos meio surrados e uma capa desgastada. Era um Deus desconhecido, igual a Tupã.



- E isso são modos de tratar o irmão seu preguiçoso- Disse a figura se sentando ao lado dele.



- Anhangá.



- Oi?



- Fica quieto vai- Disse Tupã se espreguiçando na árvore.

- Você é mesmo um vagabundo em- Disse Anhangá, também se espreguiçando- Se fez oque hoje?



- Ah!- Murmurou Tupã pensativo- nada de mais.



- Cara se é muito calmo em!- Disse Anhangá abrindo um sorriso- Queria ser assim, igual a você.



- Num ia não- Respondeu Tupã- Se só seria mais um Deus igual a outros entre vários.



- E ser um Deus protetor da natureza não é quase a mesma coisa?- Perguntou Anhangá- Eu pelo menos consigo punir alguns humanos.



- Tá bom- Respondeu Tupã fechando os olhos novamente, tentando voltar ao seu estado de tranquilidade.

Anhangá, percebendo a falta de entusiasmo de Tupã, suspirou e se recostou na árvore ao lado dele.- Você é um morto sábia? Se você continuar assim vai acabar é morrendo sozinho. Se não tem nada que goste de fazer? Além de dormir, claro!



Tupã abriu os olhos novamente, se debruçou um pouco para frente, encarando o horizonte. Ficou em silêncio por um momento, refletindo sobre as palavras de Anhangá.

- Talvez...- murmurou Tupã, com a voz carregada de dúvida- Talvez, mas não sinto que vamos ser algo na vida divina sabe. Tipo os Deuses líderes já estão estabelecidos a séculos, então não conseguiria mudar isso.



- Então... tu quer ser um Deus chefe é?- Perguntou Anhangá se aproximando dele.



Tupã ficou levemente corado e se levantou da árvore, começando a andar de um lado para o outro.

- Não sei se é realmente isso que quero- Disse Tupã, com dúvida na fala- Ser um Deus chefe é tudo que qualquer ser quer, mesmo assim... eu gostaria de ser um. Mais de todo o modo é impossível



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