Volundr

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Um mês depois.





O coliseu onde aconteceria o Ragnarok estava animado, deuses de diversas religiões estavam reunidos para ver a extinção da humanidade e os humanos rezavam para que nada de ruim acontecesse com eles. O local era enorme, possuindo uma grande arena aberta no meio, onde aconteceria as lutas, e ao lado as arquibancadas repleta de figuras. Também havia uma área maior na arquibancada de ambos os lados, sendo uma área VIP para os Deuses e os humanos. A plateia humana ficava no lado direito e a dos Deuses no esquerdo, criando uma tensão inigualável para ambos os lados.



Finalmente após alguns minutos Hermes apareceu no centro da arena segurando um Alto-falante.



— Humanos e Deuses, sejam bem-vindos ao maior torneio do milênio! — anunciou Hermes, sua voz ressoando com entusiasmo e solenidade. — O Ragnarok está prestes a começar, um confronto épico entre deuses e mortais para decidir o futuro da humanidade!

Os gritos e aplausos das arquibancadas humanas se misturavam com o murmúrio e o burburinho dos Deuses, que assistiam com olhares de expectativa e curiosidade.

— Como todos sabem — continuou Hermes — este torneio será composto por quinze batalhas intensas, e a equipe que vencer a maioria delas garantirá a sobrevivência da humanidade. Cada batalha será um duelo um contra um, onde a morte ou desistência levará ao fim dele. O torneio irá se encerrar assim que um lado ter oito vitórias.

A plateia humana, ansiosa, trocava olhares nervosos, enquanto os Deuses demonstravam um misto de entusiasmo e desdém. Entre eles, Loki observava com um sorriso travesso, claramente satisfeito com a forma como os eventos se desenrolaram. Brunhilde e Eir olhavam animadas e com nervosismo, aguardando o início do primeiro combate.



— Então sem mais delongas— Continuou Hermes— Vamos às apresentações! Primeiro no lado dos Deuses. Como os raios são sua força, como os ventos sua velocidade. Ele criou sua raça e seu povo, os ensinou a caçar e a fazer arte além de plantar. Ele lutou incessantemente contra seu irmão e provou seu poder em muitos combates lendários apenas para defender seu povo. Senhoras e senhores, o primeiro lutador do lado dos Deuses é o mais forte dos guaranis... Tupã, o Senhor do Trovão e da vida!



A plateia dos Deuses se levantou em aplausos e gritos, celebrando a entrada de Tupã. Os portões se abriram e Tupã começou a sair. Ele era um homem imponente e alto, com um olhar frio, mas com uma presença majestosa. Seus músculos definidos e sua postura ereta demonstra sua força. Vestido com poucas roupas, apenas uma bermuda feita de penas e ornamentos tribais, junto com dois braceletes nos pulsos. Tupã possuía marcas em seu corpo que lembravam relâmpagos, como se sua pele tivesse sido marcada pelos trovões que ele controlava. Seu cabelo era negro como a noite e sua pele morena como à terra. Enquanto caminhava em direção ao centro da arena, o som de trovões ecoava ao seu redor, como se o próprio céu estivesse respondendo à sua presença. Chegando ao centro da arena, ele levantou seu braço e fechou a mão, apenas com esse gesto, fez com que um grande raio caísse nele, mas sem causar dano algum. Depois ele fez uma saudação solene para a plateia dos Deuses e dirigiu um olhar desafiador para o lado humano.



Na área VIP dos Deuses, Zeus, Atena e Loki observavam Tupã com um sorriso no rosto. O local VIP possuía cinco áreas principais, cada uma para um representante de panteão principal, grego, Nórdico, Egípcio, Hindu e Celta, com Zeus, Atena e Loki ocupando a seção grega e nórdica. Os outros deuses ainda não haviam chegado, mas dava para sentir de longe que havia uma tensão crescente no ar.

— Depois desse show do Tupã duvido que eles tenham chance— Comentou Zeus abrindo um sorriso.

— De fato— Disse Loki— O Tupinho é realmente uma boa jogada para mostrar o poder máximo dos Deuses frente a esses tolos humanos.

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