Epílogo.

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[2 years later]
𝗔𝗹𝗼𝗻𝗱𝗿𝗮 𝗠𝗶𝗰𝗵𝗲𝗹𝗹𝗲.

— Quando você chega? — minha namorada pergunta pelo telefone.

— Daqui a alguns minutos, acho. O metrô está bem atrasado — respondo, enquanto ainda estou em pé, esperando minha carona para ir para casa.

— Estou mal por ter pegado seu carro emprestado. Agora você vai ter que andar de metrô — a voz de Rai é suave, embora a chamada esteja com algumas falhas, mas consigo ouvir bem por causa dos meus fones.

Eu rio, me perguntando o que ela fez com o meu carro.

— Tá tudo bem, amor. Eu te dei permissão, não se sinta mal — digo, sorrindo, enquanto espero ansiosamente pela sua resposta, só para ouvir sua linda voz.

— Eu só espero que ele ainda esteja inteiro quando eu devolver — ela brinca, e posso imaginar seu sorriso, aquele que ilumina seu rosto e me faz sentir um calor no peito.

— Não se preocupe, o carro é mais resistente do que você pensa. Só não dirija como se estivesse em uma corrida de Fórmula 1 — respondo, dando uma risadinha.

— Eu nunca faria isso! — Ela ri, mas posso ouvir um toque de desafio em sua voz. — Talvez eu só tenha acelerado um pouco na avenida...

— Rai! — exclamo, uma mistura de riso e preocupação. — Você não pode fazer isso!

— Relaxa, eu cheguei viva, não cheguei? — Ela diz, e a leveza em seu tom me faz sentir um pouco mais calmo.

— Isso é verdade. Só espero que você não tenha feito nada de perigoso.

— Ok, ok, prometo que vou ser mais cuidadosa — ela responde, e posso sentir o tom de sinceridade em sua voz.

— Você sempre diz isso — brinco, mas meu coração está leve. O som dela me faz esquecer da espera e de todos os problemas que estavam me rondando.

— E eu sempre cumpro! — ela defende, e eu posso imaginar seus olhos revirando, um gesto que sempre me faz rir.

De repente, o sinal do metrô apita.

— Meu metrô chegou, tenho que ir! Te vejo em casa — digo, me posicionando em frente à porta para entrar primeiro e evitar a multidão.

Assim que as portas se abrem, eu entro rapidamente, procurando um lugar para me segurar enquanto o metrô começa a se mover.

— Espera, me manda uma mensagem quando chegar! — Rai diz, sua voz carregada de preocupação e carinho.

— Pode deixar! — respondo, desligando a ligação em seguida.

O trem balança suavemente, e eu me perco em pensamentos, relembrando nossos momentos juntas, a química que existe entre nós e como isso sempre me faz sentir viva. O tempo passa mais rápido quando estou pensando nela.

Finalmente, o sinal da minha estação toca e as portas se abrem. Desço rapidamente e sigo para a saída, meu coração acelerado com a expectativa de estar com ela.

Assim que saio da estação, envio uma mensagem: "Cheguei! Em breve estarei em casa." A resposta dela chega quase imediatamente: "Estarei te esperando. <3"

O caminho de casa parece curto, e meu sorriso só aumenta à medida que me aproximo. Ao entrar, tudo está escuro e um tanto misterioso.

— Amor? — chamo, ligando as luzes da sala, mas não recebo resposta.

Quando dou mais um passo à frente, várias pessoas saem de trás do sofá, e a única que eu realmente desejo também aparece, segurando um bolo com velas acesas.

Minha prostituta - Railo. (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora