6 - Eu dificilmente cumpro minhas promessas

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Sem me importar com delicadezas, empurro Miguel para o sofá, ele cai sentado, seus lindos olhos amanteigados vidrados em mim. Tomo mais um gole da cerveja que comprei na loja de conveniência do posto de gasolina e sento em seu colo, juntando nossas bocas para que ele possa desfrutar do líquido amargo comigo.

Uma gota escorre por meu queixo enquanto minha língua se enreda na de Miguel que, com um suspiro contido, deixa o ar sair dos pulmões, os olhos se fechando — seus cílios plumosos fazem cocegas contra minhas bochechas.

Como isso tudo começou? Nem ideia, só me lembro de ter entrado no carro do Miguel e ter indicado meu endereço para o motorista particular. No caminho, nós paramos em um posto de gasolina onde eu comprei algumas coisas com uma desculpa fajuta qualquer e fui bebendo cerveja até chegar ao meu prédio.

Quando finalmente chegamos, eu já estava aérea demais para responder por meus atos e não ajudou nada quando Miguel perguntou se ele poderia entrar para usar o banheiro.

O resultado é este: assim que ele saiu do banheiro, eu o empurrei para o sofá com minha última gota de racionalidade escorrendo para fora da minha alma. Nem me recordo mais do motivo de estar beijando loucamente esse homem bonito, mas, porra, eu quero continuar!

Camila não estava em casa quando chegamos — graças a Deus —, mas conhecendo aquela maluca como eu conheço, as chances dela sugerir um ménage seriam altas.

Enfim, onde paramos? Ah, sim, eu estou numa luta contra a língua do Miguel.

Sentada em seu colo, logo sinto sua ereção roçar levemente contra a minha bunda, então começo a rebolar calmamente ao passo em que minhas mãos vagueiam por suas roupas, puxando-as de seu corpo. Pego na barra de seu suéter e o puxo para cima, encontrando algumas dificuldades devido ao meu leve estado de embriaguez.

Por fim, cortamos o beijo por um microssegundo no qual eu consigo observar o rosto avermelhado do homem em minha frente, ele termina de puxar o suéter sobre a cabeça, fazendo o mesmo com sua blusa de manga longa. Entre baforadas de calor, eu também me livro da parte de cima das minhas roupas, vendo com graça como Miguel fica abobalhado ao encarar meus seios sustentados pelo sutiã preto — é a mais sem graça das minhas lingeries, pois eu nem de longe esperava que fosse transar nessa noite.

Quem liga se estou improvisando minha vida em tempo real? O importante é curtir, né?

Tenho que acreditar nisso, senão morro.

— Vamos fazer sexo? — pergunta Miguel, seus braços envolvem minha cintura em um aperto necessitado, puxando-me para mais perto.

— Não... — sussurro-lhe ao encostar minha testa contra a sua, afastando alguns fios de seu cabelo negro sedoso; por longos e expectantes segundos, ele apenas respira de olhos fechados, uma careta se formando em suas feições — Mas não vou te deixar ir embora fácil assim.

Beijo-o novamente numa ânsia por mais contato, deixo minhas mãos correrem por seu peito nu e paro um momento para apertar um de seus mamilos com brusquidão.

Um gemido urge de sua garganta, um delicioso e longo gemido que me faz arrepiar.

Sim, é verdade, se esse cara é um masoquista, eu posso ser mais ousada, afinal, é exatamente isso o que ele quer, certo?

Então vamos começar a bagunça.

Corto o contato entre nossas bocas, mas antes que ele pudesse me entregar um olhar perdido, desço rapidamente meus lábios até seu pomo de Adão e dou-lhe uma mordida forte, sua cabeça se inclina para trás instintivamente, deixando a área do pescoço completamente livre. Outro gemido surge, suas cordas vocais tremem produzindo reverberações e arrepios por toda sua pele. Sinto-o se tencionar, ficando rígido, sua ereção se esfrega ainda mais contra minha bunda.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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