— Amiga, você está péssima! — Abre os olhos encarnado Mônica que segurava uma bandeja com um xícara fumegante que era muito bem vinda, peguei a xícara e bebe sentindo o líquido fumegante descer pela minha garganta e relaxar aos poucos meus músculos doloridos.
Havia se passado três dias desde que meus pais soltaram a bomba em minhas costas, e havia três dias que eu não tinha uma noite tranquila ou que eu conseguisse focar totalmente no meu trabalho, mamãe vinha todos os dias sentava conversava banalidades para no final me lembrar que eles estavam falindo e que eu tinha até domingo a noite para dar uma resposta, isso seria daqui a um dia, nesses três dias tentei pensar e racionalizar tudo que estava acontecendo e por mais que eu tentasse arrumar respostas o tal casamento parecia ainda mais loucura e sem sentido. Minha mãe não me deu mais detalhes quando pede o que me deixava realmente alarmada, no fundo eu sabia que eu tinha que fazer não por Maitê e Fabrício mas por Helena, minha irmã tinha apenas dez anos e cada fez que me ligava me contava como ela amava cada aula de piano com o melhor maestro de Palermo ou como amava suas aulas de idiomas, entre outros privilégios que a condição da nossa família tinha, eu não queria parecer prepotente ou algo assim, mas sentia que eu devia a Helena as mesmas oportunidades que eu tive quando tinha a idade dela:
— Você está pensando em aceitar, não é? — Joguei minhas costas contra a cadeira e pressionei meus dedos no espaço entre meus olhos, tudo nesse caso é complicado, além de Helena tinha Nala que seria afetada caso nossa família de fato falisse, e eu com certeza não queria ser a culpada pelos anos que Nala se dedicou a Prescott Enterprises fosse jogados no lixo.
" Você não tem culpa"
A vozinha na minha cabeça repetia que eu não tinha culpa e se eu escolhesse não aceitar essa loucura continuaria não sendo minha culpa, mas mesmo assim, estava nas minhas mãos a chance de salvar a todos. Nós apoiamos você nessa sua escolha", as palavras de papai voltaram e por um momento pensei que eles terem deixado eu ir foi de propósito, para em outro momento eles terem a oportunidade de fazer isso de usar minha escolha contra mim, não que eles de fato tenham deixado eu ir para algum lugar, mas acho que na concepção deles eu ter usado meu livre arbítrio foi uma escolha deles também:
— Que escolha eu tenho? Se eu não fizer vou condenar minha família inteira, condenar tudo que meus pais lutaram!
— Sim, os mesmos pais que te diminuem e não te apoiam em nada! — Ela tinha um ponto e tinha lógica mas não sei se teria coragem de fazer isso, apesar de tudo eles dois me deram uma vida maravilhosa com coisas que a maioria das outras crianças não tinham e nisso eu sempre serei grata: E ser for um velho? Um daqueles velhos nojentos?
— Acho que você deveria me apoiar, não me fazer desejar vomitar! — Mônica levantou os ombros e sentou:
— Só estou falando que pode ser um dos velhos decrépitos...:
— Ou um dos bilionários gatos que vemos na Forbes! — Era o que eu desejava, que se eu fosse casar que pelo menos fosse com alguém bonito, eu e Mônica havíamos criado um hábito, pegamos as revistas de negócios e selecionamos os empresários mais gatos e todas as vezes quem estavam em primeiro era Ethan Blake, CEO bilionário dono do enorme império Blake company, ele era o tipo de cara gostoso que apenas sua presença já deixa seu Sex Appeal ascendente.
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Sob os termos do coração - Os reis do império livro I
RomanceApós anos de sucesso nos negócios, Ethan Blake, um bilionário frio e solitário, vive atormentado por lembranças de um breve encontro que teve com uma jovem misteriosa em um bar. Apesar de ter tudo o que o dinheiro pode comprar, ele nunca conseguiu t...