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Ovento soprava suave e constante, trazendo consigo o cheiro salgado do mar, que, depois de dias em alto-mar, já não incomodava mais. O balançar do navio havia se tornado um ritmo quase reconfortante para Rhaenys, que agora, com os braços cruzados, permitia-se um momento de silêncio enquanto observava o horizonte.
A vastidão do oceano à sua frente era tranquilizante, mas também carregava uma certa apreensão. O destino em Dorne, embora decidido, ainda lhe parecia envolto em incertezas.
Ela passou a mão pelo cabelo, afastando os fios rebeldes que o vento insistia em desarrumar. Um sorriso sutil tocou seus lábios ao olhar para Oberyn. Ele estava de pé, alguns passos à frente, embalando Obara em seus braços com uma leveza que contrastava com a postura firme que ele costumava exibir.
A pequena, com suas mãos minúsculas, estendia os dedos para o ar, como se tentasse agarrar o vento ou as estrelas ainda distantes no céu do entardecer.
Oberyn murmurava palavras suaves para a filha, o tom de sua voz baixo, como se estivesse compartilhando segredos apenas com ela. O rosto dele, que geralmente mostrava a confiança desafiadora de um príncipe guerreiro, agora exibia uma serenidade rara.
Ainda assim, havia uma certa distância, um olhar perdido entre um pai que amava sua filha, mas que também estava envolto nas suas próprias ambições e responsabilidades.
Rhaenys os observava em silêncio, sentindo um aperto no peito. Aquele homem, que a fascinava com sua intensidade e ousadia, parecia agora tão vulnerável ao carregar sua filha nos braços.
Havia algo profundamente íntimo na cena, mas também um lembrete de que suas vidas estavam prestes a mudar para sempre. Ela era mãe de Obara, e isso a enchia de um amor feroz, mas havia uma dúvida persistente que a rondava como o vento frio do mar.
Estariam verdadeiramente seguros em Dorne? Oberyn prometera tanto, mas Rhaenys sabia que promessas, por mais doces que fossem, podiam ser quebradas.
- No que está pensando? - A voz de Edric soou baixa e calma ao seu lado, enquanto ele se apoiava na amurada do navio, os olhos atentos, mas relaxados.
Rhaenys desviou o olhar da cena à sua frente, onde Oberyn ainda balançava Obara em seus braços. Um suspiro leve escapou de seus lábios antes que ela respondesse, as palavras saindo com a brisa do mar.
- Na escolha que fiz... - Murmurou, virando-se para encarar o horizonte. O reflexo prateado da água parecia se estender infinitamente. - E em como meu pai reagirá.
Edric, sempre prático, deu um leve sorriso, acompanhando o movimento do navio enquanto o vento agitava seus cabelos.
- Você pensa demais nisso. - Ele também se virou para o mar, os ombros relaxados apesar da conversa. - Não precisa se preocupar tanto. Eu diria que Oberyn, por mais... impulsivo que seja, não é um homem que quebraria sua palavra tão facilmente. Ele não arriscaria você ou Obara.