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Ana Flávia, Londrina

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Ana Flávia, Londrina.
Ponto de vista.

Estou no hospital, tudo parece está envolto em uma névoa pesada. O cheiro de desinfetante e o som distante de monitores cardíacos ecoavam ao meu redor. Eu me encontro em um quarto, e a luz branca e fria iluminava o rosto pálido da minha filha, Aurora.

A pequena está deitada em uma cama, com fios conectados a ela, e meu coração aperta. Aurora parecia tão frágil, tão distante do espírito vibrante que sempre iluminava meus dias. Eu me aproximei, segurando a mão da filha, que estava fria.

“Aurora, meu amor,” sussurrei, a voz embargada pela dor. “Por favor, não me deixe.” Os olhos de Aurora estavam fechados, mas eu podia ver as lágrimas escorrendo pelo rosto da pequena. Ela estava lutando, mas parecia tão cansada.

De repente, o monitor começou a apitar freneticamente, e um frio percorreu minha espinha. Enfermeiros correram para o quarto, suas vozes eram um turbilhão de comandos e preocupações. “Precisamos estabilizá-la!” “A pressão está caindo!” As palavras ecoavam na minha mente como um eco ensurdecedor.

Eu tento gritar, tento fazer com que alguém me ouvisse, mas minha voz não saía. A cena se desenrolava diante de mim como um pesadelo interminável. Vi os rostos dos médicos se tornarem sombrios, as expressões cheias de preocupação transformando-se em desespero. O tempo parecia ter parado enquanto eu assistia à luta da filha pela vida.

Aurora abriu os olhos por um breve momento e olhou diretamente para mim. Havia uma fragilidade neles que partiu meu coração. “Mamãe,” a pequena sussurrou com dificuldade, como se estivesse tentando me confortar mesmo em meio à dor.

Senti uma onda de amor e desespero ao mesmo tempo. “Estou aqui, meu amor! Eu estou aqui!” E então tudo ficou escuro.

Eu perdi o amor da minha vida.

eu perdi a minha filha!

para sempre.

Quando finalmente acordei, meu coração ainda batia acelerado. A sensação de perda era tão real que levei alguns momentos para entender que tudo não passava de um sonho horrível. Mas a angústia permanecia; o medo do que poderia acontecer com Aurora nunca desapareceria completamente.

Eu tentava buscar ar, mas a tarefa se mostrava impossível. Tremores incontroláveis tomavam conta do meu corpo, como se eu estivesse à mercê de uma força externa.

Foi então que percebi alguém se aproximar. Senti um toque suave em minha perna, um carinho que me era familiar e reconfortante. Reconhecia aquele toque, sabia de quem se tratava.

— Meu amor? — ele disse suavemente. — O que aconteceu, princesa?

Eu olhei para ele, as lágrimas ameaçando escapar novamente.

— Não sei, Gustavo. Eu só… eu só quero que ela acorde. Sinto que estou perdendo tudo. — Minha voz tremia, e a frustração misturava-se à dor insuportável.

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⏰ Última atualização: 16 hours ago ⏰

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