"É que eu voei tempo demais, deixa eu pousar em você."
Ser mãe... Ser mãe é algo incomparavelmente valioso, precioso, porém cada decisão carrega consigo uma carga de preocupação. Cada escolha feita pode representar uma mudança significativa em nossa...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Gustavo Mioto, Los angeles. Ponto de vista.
Chegamos ao nosso destino e as trouxe para passear esta manhã no shopping. Meu principal objetivo é proporcionar à Ana e à Aurora a oportunidade de desfrutar de um dia digno de princesas. Para isso, planejo que Ana renove seu guarda-roupa, assim como o de Aurora. Por isso, trouxe apenas uma peça de roupa para cada uma delas.
Desejo que possam adquirir roupas novas, evitando qualquer vestígio do passado naquela casa. Não desejo que utilizem nada que as faça lembrar de como era viver com o Pedro.
— Estamos no shopping? — Aurora pergunta animada, olhando pela janela enquanto estou estacionando o carro.
— Sim, princesa. — Digo e estaciono.
Percebo que Ana desafivelou o cinto e se preparava para abrir a porta do carro. Contudo, agi com rapidez e consegui antecipar-me, abrindo a porta para ela.
— Nossa, que cavalheiro! — Ana diz pegando na minha mão para sair do carro.
— Para você? Sempre. — digo e vou em direção a porta de traz.
Retiro o cinto de segurança de Aurora, que se mostrava entusiasmada com a perspectiva de passear no shopping. Em meio a toda sua animação, seu sapatinho preto acaba por cair do carro.
— Ops, discupa, Gu! — Ela se desculpa enquanto eu pego o sapatinho.
— Não tem problema, Rora! Me dê seu pezinho. — Digo e ela estica seu pé direito.
Enquanto coloco seu sapatinho, a pequena solta uma risada suave e, em seguida, explica rapidamente o motivo de sua alegria.
— Você parece o príncipe da Cinderela, Gu. — Rora diz.
— Verdade, né? Estou colocando o sapatinho no pé de uma princesa. — Digo sorrindo para ela.
— A difelença é que o meu não é de cristal, né? — diz retribuindo o sorriso.
— Mas é tão lindo quanto o dela. — Digo.
— Você conhece outras princesas, Gu? — Pergunta.
— Conheço sim, por quê? — Pergunto.
— Você não pode conhecer outras princesas. — ela diz franzindo a testa.
— Por quê? — Pergunto.
— Porque eu quero ser sua única princesa. — ela diz pulando do carro.
Ela pula do carro com uma facilidade surpreendente, considerando a altura do veículo. Em seguida, posiciona-se ao lado de Ana Flávia, exibindo uma pose encantadora.
Seus braços estão elegantemente cruzados, e seu semblante revela um leve desagrado. Começa a bater suavemente o pezinho direito no chão, enquanto me observa com um olhar intenso.
