Jogos perigosos

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Pov:Estela

Acordo sentindo uma dor de cabeça horrível, o que é estranho já que não bebi uma gota de álcool ontem. Uma coisa que também é estranha é eu acordar em um quarto completamente diferente do de ontem, estava tudo em tons de cinza e branco, tinha alguém deitado na cama ao lado e reparando bem vi que era Mon que parecia estar presa a cama — assim como eu — tentei me soltar mas nada, só parei de tentar quando Mon acordou olhando para os lados.

— Bom dia Bela adormecida! Gostou da soneca? — pergunto e só então ela percebe minha presença no local —

— Como viemos parar aqui? — gostaria de saber, pergunta baixo se ajeitando na cama — quanto tempo está acordada? — faz outra pergunta analisando o local —

— Gostaria de ter a resposta mas estou de mãos atadas — digo rindo e ela me olha — Entendeu? Mãos atadas! — falo mostrando as mãos fazendo ela franzir o cenho e começar a rir baixo —

— Nem nesses momentos você consegue ser séria — dou de ombros dando um meio sorriso para ela que continuava a me olhar — ok.. como faremos isso? — pergunta agora olhando a câmera no canto superior direito do quarto —

— Implorar não é uma opção então vamos para o bom e velho plano B! — falo olhando todo o local novamente —

Cerca de 8 minutos depois tentando armar um jeito de nos soltar o barulho do trinco da porta finalmente é ouvido por nós, assim que ela se abre dois homens de preto — extremamente autos — passam pela porta ficando um de cada lado e por fim entra um homem de terno vinho cabelos pretos e cavanhaque da mesma cor e olhos verdes esmeralda — que por sinal parecia extremamente feliz — Ele puxa uma cadeira e se senta a nossa frente com uma certa distância, logo em seguida o segurança da direita sai do quarto e volta com um carrinho que tinha uma televisor de tamanho médio e coloca ao lado o homem e volta para seu lugar anterior.

— Bom dia meninas, como passaram a noite? Espero que bem! — pergunta cruzando as pernas enquanto intercala seu olhar entre nós duas — Desculpe os modos, meu nome é Domênico de Marques Segundo, sou um amigo da mãe de vocês —

— Acho que está confundindo senhor se lá o que Segundo — digo dando um sorriso em pura confusão — São mães e não mãe de vocês! — digo e ele dá um sorriso quase verdadeiro — Qual é a graça? —

— Estela Evans e Mon Horachi. A vamos lá, vai me dizer que nunca se perguntaram do porque Kin e Jim serem idênticos aos pais e você não Mon? Ou melhor assim se dizendo Rebecca? — fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo olhando para Mon, como ele sabe o nome verdadeiro dela?! E que papo é esse dela não ser filha dos pais dela? — Acho que a mamãe de vocês tem coisas para explicar, não? —

— Você usou alguma droga ou está bêbado? — pergunto realmente sem entender o que estava acontecendo — Ela é minha prima e não minha irmã, está delirando?! Minha mãe não faria isso!

— Realmente conhece a mãe que tem? — pergunta irônico dando uma risada amarga — Não conhece metade daquele diabo que chama de mãe! — diz áspero, como se sentisse raiva só de pensar —

— Não fala assim dela — esbravejo incomodada — Você não a conhece! —

— Não conheço? — agora ele estava totalmente vermelho de raiva, dava para ver o ódio em seus olhos — Elizabeth Evans tirou tudo de mim, eu conheço ela melhor que ninguém para falar isso — fala vindo na minha direção e agarra meu rosto com força me fazendo olhar para ele — QUEM É VOCÊ PARA FALAR QUE NÃO A CONHEÇO?! —

Não sei por que mas me senti extremamente estranha com ele falando da minha mãe desse jeito, como eu, filha dela não iria conhecê-la? Ela não mentira para mim assim, não esconderia de mim que tenho uma irmã que sempre achei que fosse minha prima. Né?

— O que quer com a gente afinal? — a voz de de Rebecca? Ou Mon? Se faz presente na no quarto finalmente — Olha não temos tempo para sua dor de cotovelo. Não está assim por levar um pé na bunda não é? —pergunta e o homem se afasta com um olhar sádico sobre ela eu realmente não sei como ela não está com medo, ou só esconde ele muito bem — Perdeu o cu na minha cara? — acho que tive um déjà vu —

Hora temos aqui uma atrevidinha, não? — ele segura o rosto dele levanto para ele— Sabe o que fazemos com garotas respondonas e atrevidas, Rebecca? Damos uma lição, até aprenderem a ter bons modos — diz com um sorriso nojento olhando todo o corpo dele de uma forma misógina —

— Responde logo e diz o que quer! — falo tentando desviar a atenção dele para mim mas pareço falhar miseravelmente — Estou falando com você, é surdo agora!? — digo tentando conter o medo em minha voz quando ele começa a alizar o corpo dela de forma agressiva — Ei, ei tire as mãos dela! Está louco — esbravejo tentando me soltar das amarras e mais uma vez falho sentindo-me desesperada com a situação —

— Comecem a gravação e saiam do quarto — diz ele para os homens que pegam uma câmera e posiciona na nossa frente começando a gravar, eles saem e fecham a porta — Sorriam meninas, esse vai para a mamãe de vocês! — fala dando o sorriso mais medonho que já vi, o tipo de sorriso que daria pesadelos em qualquer um — Tenho que admitir Elizabeth, você tem ótimas filhas —

Foi a última coisa que consegui ouvir depois que Rebecca deu um grito desesperado quando ele simplesmente rasgou a roupa dela violentamente enfiando a mão entre suas pernas forçando elas a abrir. Eu não consiga mais raciocinar, me sentia fraca e importante diante daquela situação, tentava me soltar a todo custo e pelo esforço eu já estava com meus pulsos vermelhos, quase roxos começando a ficar com alguns machucados.

Sentia náuseas e em algum momento ele chamou um segurança que venha na minha direção e injetou algo no meu pescoço, não sei o que era mas meu corpo queimava e me deixava fraca demais. As únicas coisas que consegui lembrar antes de dormir era do segurança subindo em cima de mim e depois eu apaguei de vez.
Não sei por quanto tempo eu dormi, mas quando acordei escutei gritos e crianças chorando — ou talvez eu ainda esteja dormindo — abri lentamente os olhos e olhei para a porta, tinha uma luz vermelha por debaixo dela, olhei para o lado e Rebecca dormia — provavelmente doparam ela com alguma droga depois do que aconteceu — senti todo meu corpo doer e lembrei de fragmentos do acontecido de ontem? — realmente não sei quanto tempo dormi — tinha algumas marcas roxas em partes específicas do meu corpo e mexer era doloroso demais para continuar tentando.
Ouvi um gemido baixo e olhei a cama do lado vendo Rebecca tentar se mexer mas parecia fraca demais para conseguir, nesse ponto já não conseguia mais segurar e comecei a chorar, chorei pela Rebecca, por não conseguir ajudá-la, por ter deixado a gente ser sequestrada, por não conhecer realmente minha mãe, pelo fato de nunca desconfiar que tinha uma irmã, por tudo!
Em algum momento não conseguia mais chorar.

— Não se preocupa — Começa Rebecca com a voz baixa quase inexistente — A gente vai sair daqui — faz uma longa pausa —Eu prometo —

Se não me engano, acho que umas duas horas depois os dois homens de ontem voltaram e começou tudo novamente.










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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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Minha dama [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora