Com o tempo, a relação entre Chan, Seung-kwan e Vernon continuou a se fortalecer.
Depois de tudo o que haviam enfrentado, tanto na escola quanto com as famílias, eles começaram a valorizar ainda mais o apoio que tinham uns nos outros. O trio não era apenas um casal incomum; eles eram um time, cada um complementando o outro de maneiras que apenas eles podiam entender.
Seung-kwan, com seu jeito mais extrovertido e ousado, trazia uma leveza ao grupo. Ele sempre sabia como fazer os outros rirem, mesmo nos momentos mais tensos. O sorriso de Seung-kwan era como uma chama que mantinha a esperança acesa, e tanto Vernon quanto Chan se sentiam mais seguros ao seu lado.
Vernon, por sua vez, era o equilíbrio perfeito entre os três. Sempre calmo e analítico, ele conseguia trazer uma perspectiva racional às situações. Era ele quem media as palavras nos momentos de discussão, quem mantinha os pés no chão quando as coisas pareciam sair do controle. Sua presença sólida dava aos outros a tranquilidade necessária para enfrentar os desafios.
E então havia Chan, que, apesar de ser o mais sensível do grupo, também tinha uma força interior imensa. Tudo o que ele enfrentava, desde os conflitos internos até as pressões externas, o moldava como uma pessoa resiliente. E Seung-kwan e Vernon estavam sempre lá para lembrá-lo de que ele não precisava carregar esse peso sozinho.
Em um final de semana, decidiram fazer uma viagem juntos para uma cidade próxima.
Era a primeira vez que passariam alguns dias sozinhos, longe de tudo. O destino era um chalé aconchegante nas montanhas, um lugar afastado onde poderiam apenas ser eles mesmos, sem olhares julgadores ou pressões externas.
No primeiro dia da viagem, o trio passou a tarde explorando as trilhas ao redor do chalé. Seung-kwan, sempre animado, corria na frente, desbravando o caminho, enquanto Vernon e Chan seguiam atrás, rindo das brincadeiras de Seung-kwan. A energia era leve, e pela primeira vez em muito tempo, Chan sentiu-se completamente livre.
Quando o sol começou a se pôr, eles voltaram para o chalé e acenderam uma fogueira do lado de fora. Sentaram-se em volta das chamas, com cobertores sobre os ombros, enquanto as estrelas surgiam no céu. A sensação de calma e segurança ali, entre os dois que mais amava, era tudo o que Chan precisava.
“Esse lugar é perfeito!” disse Vernon, olhando para as estrelas. “É como se aqui fora o mundo simplesmente... parasse.”
Seung-kwan concordou, jogando mais lenha na fogueira. “E, por alguns dias, ele parou. Não precisamos pensar em mais nada. Só na gente.”
Chan, que estava entre os dois, sentiu-se aquecido não apenas pelo fogo, mas pelo amor que compartilhavam. “Eu não sei o que teria feito sem vocês. Sério. Tem sido tudo tão difícil, mas, quando estamos juntos, parece que tudo fica mais fácil.”
Vernon segurou a mão de Chan, apertando levemente. “É porque você não está sozinho, Chan. Nunca esteve.”
Seung-kwan se inclinou, puxando Chan para mais perto, e o trio se abraçou sob o céu estrelado. Aquele momento, em meio ao silêncio da noite, era como se o universo estivesse em paz, mesmo que por um breve instante.
[...]
Com o passar dos dias na viagem, o relacionamento deles se aprofundou ainda mais.
Eles compartilharam histórias que nunca haviam contado antes, riram de momentos bobos e também enfrentaram conversas difíceis sobre o futuro. Estavam juntos há tempo suficiente para saberem que o relacionamento não seria fácil, que o preconceito ainda os cercaria, mas também sabiam que o amor que sentiam era forte o bastante para enfrentar qualquer adversidade.
Em uma das noites, enquanto assistiam ao pôr do sol na varanda do chalé, Seung-kwan olhou para Vernon e Chan, com um sorriso leve no rosto. “Vocês já imaginaram como seria se, um dia, não precisássemos mais nos esconder? Se o mundo fosse... diferente?”
Vernon deu de ombros, pensativo. “Às vezes, eu imagino. Mas acho que o mais importante é que nós sabemos quem somos, e não precisamos da aprovação de ninguém para isso.”
Chan, que estava deitado com a cabeça no colo de Vernon, suspirou. “Eu também penso nisso. Como seria não precisar explicar para todo mundo. Mas eu estou aprendendo a aceitar que, enquanto estivermos juntos, a opinião dos outros importa cada vez menos.”
Seung-kwan sorriu e se inclinou para beijar Chan suavemente, antes de olhar para Vernon e beijá-lo também. “É isso. Somos nós três contra o mundo...”
---
De volta à rotina após a viagem
, o trio percebeu que a conexão que criaram durante aqueles dias tranquilos nas montanhas os havia fortalecido ainda mais. Estavam prontos para enfrentar o que viesse a seguir, seja na escola ou em casa.
Chan, em especial, sentiu-se mais confiante. Ele sabia que, apesar dos desafios que continuava enfrentando com sua família, estava mais preparado emocionalmente. Ele havia feito as pazes com sua verdade, e sabia que Seung-kwan e Vernon estariam ao seu lado em cada passo dessa jornada.
Mas, mais do que isso, eles sabiam que o relacionamento deles não era uma fuga ou uma reação ao preconceito. Era algo genuíno, construído com carinho, paciência e muito amor. E, independentemente do que acontecesse, eles estavam determinados a seguir em frente, de mãos dadas, prontos para qualquer batalha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entrelaçados
Teen Fiction𝑬𝒏𝒕𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒂𝒅𝒐𝒔:ミ★ 𝘓𝘖𝘕𝘎𝘧𝘪𝘤 ★彡 Em uma cidade pequena e conservadora, três adolescentes - Seung-kwan, Hansol e Chan - vivem uma história de amor que desafia normas e expectativas. Eles se conhecem no colégio e, entre aulas, festas e mo...