Sou levada até o quarto novamente, entro e me viro para a porta
– ei, espera– digo antes que ele fechasse a porta. Sou ouvida e ele abre a porta novamente. – quando você vai me contar tudo?
– tudo o que?– ele diz
"sonso"
– quem é você, pq estou aqui, oque você quer de mim, tudo isso– digo revoltada.
Ele entra totalmente no quarto, puxa a cadeira da escrivaninha e se senta. Me sento na cama e começo a encarar sua face.
Eu ainda estava com esperança de que se eu o encarasse por um tempo, eu iria o reconhecer. Mas se ele for um cliente antigo da cafeteria, duvido de que eu me lembraria, tenho uma memória aceitável, mas tenho milhares de clientes, é impossível de lembrar.
– Eu te amo– ele fala travando a mandíbula logo após
– como é?– falo incrédula do que ele disse– mas eu nem te conheço– digo com desconfiança e ele trava ainda mais a mandíbula, mas agora estava com os braços cruzados
– de onde você me conhece?– ouso perguntar
– na cafeteria– ele diz
Forço a memória e os olhos para tentar ter alguma lembrança
"o homem estranho"
– você é..– hesito em dizer– o homem que entrou quando a loja tinha acabado de fechar– termino
– sim
– por que ne sequestrou? como invadiu minha casa daquele jeito?
– porque..eu me apaixonei por você..– ele fala olhando em meus olhos, que me causaram arrepios
Seus olhos escuros estavam fixados em mim, me causando calafrios.
Ele ainda permanecia com os braços cruzados, fazendo seus músculos duplicar.
Eu não estava ligando para isso, mas era quase impossível de não olhar.– você vai me prender aqui? até quando? e o meu emprego? a minha vida? não pensou nisso?– o encho de perguntas tentando amolecer seu coração
– você não precisa de mais nada, você tem a mim. Você terá tudo e não precisará trabalhar e nem de dinheiro.
– E a minha família?
– que família?– ele responde seco– Você não tem ninguém, julia.
Minha pele se arrepia mais ainda, quando meu nome sai de sua boca
– como sabe da minha vida particular?– falo gaguejando com a voz trêmula
– eu sei tudo sobre você– ele diz
– eu não preciso de família para notarem que eu sumi.
– ninguém vai te achar. ou você acha que está na mesma cidade? Você é esperta. Mas eu sou mais.– ele fala se levantando e saindo e trancando a porta mais um vez.
A minha ficha caiu
"Ele não é burro de me sequestrar e ficar na mesma cidade"
"como ele armou isso tão rápido"
"só foram 2h após o nosso encontro na cafeteria"
"os outros homens devem ter ajudado"
Lágrimas começam a cair em minhas bochechas
O meus pensamentos tentam se encaixar para dar sentido as coisas
O desespero começa a me sufocar
Meu choro se torna forte o bastante para me fazer soluçar.
...
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o pisicopata
FanfictionJulia, uma jovem barista, leva uma vida tranquila trabalhando em uma cafeteria. No entanto, sua rotina é perturbada quando atende a um cliente misterioso chamado Henry. Desconhecida por Julia, Henry é um psicopata que se torna obcecado por ela após...