Já estava tarde, passou de meia noite.
O filme acabou de terminar e Henry desligou a tv, nos deixando no escuro
– Henry..– falo em quase um sussurro
Sinto ele ficar de pé
Me levanto também
Sinto o vento do seu corpo passar por mim, e percebo que em sua mão estava com o balde da pipoca
– me espera– falo
Seu corpo para
De repente um trovão é escutado
Me assusto e envolvo meu braço no seu.
Tenho quase certeza que ele está rindo disso
Ele deixa escapar um riso baixo, fazendo com que eu achasse a situação engraçada
Continuamos a andar para a cozinha
– para de rir– falo rindo
– ficou com medo do trovão?– ele falou se divertindo
– por que você não acende a luz?
"eu poderia muito bem acender, mas não sei onde fica o interruptor"
– assim é mais divertido– ele fala realmente se divertindo
– aham– falo irônica
...
Finalmente chegamos a frente da porta do meu quarto.
– boa noite– digo a ele
– boa – ele fala
Entro e fecho a porta.
...
Acordo num pulo, um trovão enorme me acordou
Estava tendo uma tempestade lá fora.
Não sou sensível a barulhos altos, mas tenho um imenso medo de trovoadas mais tempestades.
A porta foi aberta lentamente, era Henry
– você está bem?– ele me pergunta com meio corpo só para dentro do meu quarto
– estou
– posso entrar?
– pode– digo me afastando para a direita, deixando espaço para ele se deitar
– você acordou com o barulho né? ficou com medo?– ele me pergunta, assim que se acomodou na minha cama
– você veio me proteger?– falo sorrindo
– sim– ele fala sorrindo também
Ficamos em silêncio por um tempo, o único som era da chuva que parecia que estava acabando com o mundo lá fora.
– qual a probabilidade de uma enorme árvore cair em cima da casa?– ele fala de uma forma diferente, deixando sua fala engraçada
...
Meia hora se passa e a chuva que estava acabando o mundo, agora está caindo calma e menos barulhenta.
Eu já tinha cochilado algumas vezes, mas acordava constantemente
Eu não sou acostumada a dormir com um corpo ao meu lado.
Ele estava com o corpo virado ao lado oposto do meu.
Relaxo meu corpo e durmo.
...
Tempestade- 2006
Era mês de dezembro e eu e minha família estávamos viajando para casa da minha tia, no Canadá
Faltavam 3 dias para o natal.
Já era de noite, meu pai estava dirigindo e minha mãe estava no passageiro, guiando meu pai de acordo com o GPS.
Eu estava no banco de trás, olhando para os pingos de chuva, que rolavam no vidro do carro.
"por conta da mudança de clima, o Canadá estava perto de nevar. Estava ocorrendo grandes chuvas, paralelas a de um tornado."– dizia no noticiário
Meus pais conversavam sobre a viagem, a chuva estava muito forte, a qualquer momento ela impossibilitaria a visão.
Foi oque realmente aconteceu.
Estávamos passando por uma curva tanto quanto estreita na estrada.
De repente, um raio iluminou o céu e um trovão ensurdecedor ecoou.
Meu pai perdeu o controle do carro, que derrapou na pista escorregadia.
O carro rodou várias vezes, batendo em uma árvore com um impacto violento.
O para-brisa estourou, deixando meu pais expostos e soltos.
Eu fiquei presa, ferida e assustada, enquanto a tempestade rugia ao redor.
30 horas depois os policiais chegaram ao local.
Foram as horas mais desesperadoras da minha vida.
Eu tentava sair a todo custo daquele carro, para não ter a visão dos meus pais mortos.
Mas o cinto estava emperrado.
Um policial disse que eu sou a garota mais forte e corajosa que ele já conheceu.
Eu tinha apenas 6 anos, quando passei por tudo isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
o pisicopata
FanfictionJulia, uma jovem barista, leva uma vida tranquila trabalhando em uma cafeteria. No entanto, sua rotina é perturbada quando atende a um cliente misterioso chamado Henry. Desconhecida por Julia, Henry é um psicopata que se torna obcecado por ela após...