12- Capítulo

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Enquanto eu corria desesperadamente pelo caminho sinuoso da floresta, sentindo o ar frio cortar minha pele e o coração acelerar no peito, finalmente avistei as luzes da cidade ao longe.

Mas, antes que pudesse chegar, uma voz ecoou em minha mente, fazendo-me diminuir os passos.

— Estou vivo, Sarah.

Minha respiração parou por um segundo, o choque me imobilizou. Aquela voz... era impossível.

O som era inconfundível: meu pai. Olhei ao redor, os olhos desesperados buscando alguma figura familiar entre as árvores escuras.

Mas tudo o que vi foi a solidão da floresta. A dor encheu meu peito ao perceber que aquilo era apenas um devaneio da minha mente.

Continuei caminhando, ainda abalada, quando, de repente, a voz voltou a soar em meus ouvidos.

— Sarah...

Meu corpo congelou no lugar. Meu coração acelerou novamente, dessa vez por outro motivo.

Virei-me lentamente, e lá estava ele. O choque me invadiu. Meu pai, Ravi, estava de pé, diante de mim, como se nunca tivesse partido.

Pisquei várias vezes, tentando confirmar que ele realmente estava ali.

— P- pai? — Minha voz saiu trêmula, as palavras quase presas na garganta. Coloquei-me de frente para ele, a incredulidade me dominando. — Isso não pode estar acontecendo...

Senti as lágrimas se formando rapidamente, pesando nos cantos dos meus olhos, prontas para cair a qualquer momento.

Ele sorriu para mim, com aquele sorriso caloroso e acolhedor que eu lembrava tão bem, e abriu os braços. Seu gesto era um convite, esperando por mim. Sem pensar duas vezes, corri em sua direção, joguei-me em seus braços e o abracei com força, as lágrimas finalmente escorrendo livremente pelo meu rosto.

— Estou aqui, minha menina. Não se preocupe... — Suas palavras foram suaves, e ele começou a acariciar minha cabeça, bagunçando carinhosamente meus cabelos.

Seu toque era real, tão familiar, e eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

Olhei para ele, meus olhos ainda cheios de lágrimas, incrédula.

— Eu ainda não acredito que você está aqui... Me explica, por que me deixou? — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, enquanto me afastava de seus braços, tentando manter uma postura decidida, apesar do turbilhão de emoções.

Ele franziu o cenho, confuso.

— Como assim? Eu sumi? — Antes que eu pudesse responder, em um piscar de olhos, Ravi desapareceu, e o homem que estava ali era Rick.

O choque atravessou meu corpo, e meus olhos arderam ainda mais ao perceber que nada disso era real.

As lágrimas que continuavam a cair queimavam minhas bochechas, cada gota carregando uma dor intensa.

— Sarah? Está tudo bem? — Rick perguntou, aproximando-se de mim com cautela. Mas eu dei um passo para trás, afastando-me.

— Sai, sai de perto de mim! — Minhas palavras saíram desesperadas, os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, encarando-o com uma mistura de dor e raiva.

— O que aconteceu?

— Você ainda pergunta? Rick, eu nunca vou esquecer que você matou meu pai! Não consigo tirá-lo da minha cabeça. Isso é culpa sua! — Gritei, e a dor apertou meu peito como um nó sufocante, fazendo minha voz tremer.

Nas Mãos De Um Assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora