Nas Mãos De Um Assassino

5- capítulo

Rick Lopez apresenta:

9:00 PM

- Hoje haverá um evento, e várias gangues e máfias estarão lá. - Com certeza, Lilly também. Olhei para todos na sala, minha voz firme. - Quero que vestem seus uniformes da máfia e usem um ponto eletrônico para se comunicarem secretamente.

Nada pode dar errado.

Sarah estava no sofá, visivelmente preocupada, seus olhos transmitiam mais do que qualquer palavra poderia dizer.

Eu sabia que o peso daquela noite pairava sobre ela. Observando seu desconforto, dei um leve aceno de cabeça, tentando transmitir confiança.

Depois de um breve silêncio, todos concordaram, trocando olhares sérios e se preparando para o que estava por vir.

- Certo, não se esqueçam de seus equipamentos e fiquem atentos a cada movimento das pessoas no evento. Disse enquanto me retirava da sala, caminhando com passos firmes em direção ao meu escritório. Ao entrar, meus olhos percorreram rapidamente o painel das câmeras de segurança. Verifiquei uma por uma, e sorri ao perceber que tudo estava perfeitamente em ordem, as imagens transmitiam calma, algo raro na nossa linha de trabalho. Sentindo que tudo estava sob controle, vesti meu terno sob medida e minha calça preta social. Com movimentos calculados, apliquei meu perfume habitual, o aroma familiar me envolveu, trazendo a sensação de confiança e profissionalismo, como se estivesse me preparando para uma batalha que, de certa forma, era exatamente o que me aguardava.

Voltei para a sala e me acomodei no sofá, meus pensamentos vagando, enquanto esperava que todos estivessem prontos para a noite. Sabia que cada um tinha seu próprio ritual de preparação, e aquela pausa antes da ação era necessária.

- É sério que não posso ir? Sarah perguntou, sua voz carregada de decepção e um pouco de ansiedade.

Levantei o olhar e respirei fundo antes de responder. - Não, não vou colocar sua vida em risco também. Respondi, deixando meu tom frio e protetor, uma combinação que eu sabia que ela não gostava, mas que era necessária. Não podia deixar que ela se envolvesse ainda mais do que já estava.

Logo depois, um a um, todos surgiram, já prontos para a missão. O peso da responsabilidade refletido em seus olhos. Ordenei de forma breve que pegassem suas armas e colocassem seus pontos eletrônicos. Era um gesto mecânico, mas essencial. Sabíamos que precisávamos estar preparados para qualquer imprevisto.

Antes de seguir para a garagem, caminhei até Apollo, que aguardava em silêncio.

- Cuida da Sarah, não a deixe fugir. Falei, minha voz carregada de seriedade, sabendo que ele entenderia a importância do pedido. Apollo me olhou por um momento antes de sorrir de forma breve, como se dissesse que tinha tudo sob controle, e balançou a cabeça em concordância.

Com uma última olhada para Sarah, vi em seus olhos o peso da preocupação. Ela sabia, assim como eu, que talvez aquela fosse uma noite sem retorno para alguns de nós.

Talvez depois dessa noite eu não volte de pé, mas uma coisa é certa, Lilly sim sairá segura.

Me dirigi ao meu carro, acompanhado por Kellan, Rennan e Erick, enquanto o restante da equipe se organizava na van preta, como planejado.

O silêncio que pairava no ar entre nós era quase palpável, cheio de expectativas e tensões silenciosas.

- Pegaram seus pontos eletrônicos? Perguntei, minha voz firme, quebrando o silêncio tenso que nos envolvia.