15- Capítulo

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— F-Félix? Porra, onde está o Rick? — Minha voz falhou, denunciando a pressão e o desespero que cresciam dentro de mim.

— Fique tranquila, ele está em ótimas mãos — disse Félix com uma frieza que gelou minha espinha, e logo em seguida desligou.

— Alô?… Alô? — tentei insistir, mas a linha já estava morta.

Sem perder tempo, corri para a cozinha, onde sabia que encontraria os outros, meu coração disparado e a cabeça a mil com a urgência de avisar a todos sobre o que acabara de acontecer.

Ao entrar na cozinha, encontrei Kellan e Rennan exatamente onde os havia deixado. Ambos estavam relaxados, mas logo notaram minha expressão, que devia estar um misto de choque e urgência.

— Achou o Rick? — Kellan perguntou, com um leve tom de esperança, como se eu fosse trazer boas notícias.

Respirei fundo, tentando controlar a tempestade de emoções que me invadia.

— Não… eu não fui atrás dele. Ele foi sequestrado pelo Félix — revelei, sentindo as palavras saírem como uma confissão amarga, o desespero transparecendo na minha voz.

— O quê? Espera… Félix Vincent? — Rennan arqueou as sobrancelhas, seu rosto iluminado por um misto de surpresa e preocupação.

— Sim. Liguei para o Rick e quem atendeu foi o Félix. — Confirmei com um gesto firme. A seriedade do momento pareceu finalmente alcançá-los, e os rostos de ambos mostraram um horror silencioso.

— Droga… — murmurou Rennan, já partindo em direção à sala de reuniões, onde alguns membros estavam reunidos, discutindo assuntos de segurança. Sem hesitar, segui-o de perto e encostei-me à parede ao lado da entrada, meu coração disparado, aguardando a reação dos outros.

Ao chegar na sala, Rennan atraiu imediatamente a atenção de Erick, que estava por ali, aparentemente revisando alguns papéis com calma irritante, sem a menor suspeita da situação alarmante.

— Aconteceu algo, Rennan? — Erick perguntou casualmente, sem sequer levantar os olhos dos papéis, como se nada pudesse interferir na rotina.

— Rick foi sequestrado por Félix. Precisamos encontrá-lo imediatamente — Rennan declarou, o tom de sua voz carregado de urgência, enquanto discava o número de alguém no telefone.

Erick apenas ergueu as sobrancelhas, um sorriso quase irônico surgindo em seu rosto, como se não estivesse convencido ou se importando com a gravidade do que Rennan acabara de dizer.

— Ah? Vocês têm certeza de que ele foi mesmo? — Erick perguntou, em um tom que exalava indiferença.

Não suportando sua falta de reação, aproximei-me e, com voz firme, encarei Erick, tentando transmitir a seriedade da situação.

— Sim, eu tenho provas. Ligue para o Rick. Talvez o Félix atenda, e você poderá ouvir a verdade com seus próprios ouvidos — repliquei, meus olhos fixos nos dele, desafiando-o a tomar a situação com seriedade.

Erick hesitou, como se estivesse avaliando se valia a pena ou não, mas finalmente pegou seu celular, seus dedos deslizando sobre a tela.

Notei, ainda que tentasse esconder, que sua confiança se desmanchava em uma leve tensão.

Assim que Rennan se retirou, fiquei ao lado de Erick, ouvindo com atenção cada toque do celular.

Ele havia ligado para o número do Rick, mas eu já não tinha esperanças de que ele atenderia.

Nas Mãos De Um Assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora