Um Dia Para Sempre

Capítulo 17: O Santuário e a Revelação

Quando finalmente cheguei ao Santuário, fui recebido por um silêncio reconfortante. As
poucas pessoas que estavam lá pareciam imersas em suas próprias jornadas internas, e
isso me deu a sensação de que eu estava no lugar certo. Havia uma paz inegável naquele
ambiente, algo que parecia me chamar, me confortar.
Fui direcionado a um pequeno templo no topo da colina, onde as pessoas meditam e se
conectam com seus próprios mistérios internos. Ao entrar, me sentei em um canto e
fechei os olhos. Minha mente estava cheia de perguntas, mas eu sabia que, de alguma
forma, as respostas só viriam se eu conseguisse acalmar a turbulência interna.
Depois de um tempo, ouvi passos leves se aproximando. Abri os olhos e, para minha
surpresa, vi uma figura familiar se sentando ao meu lado. Era ele. O garoto de Aurora.
Mas desta vez, não parecia um sonho. Ele estava ali, tão real quanto eu.
"Eu sabia que você viria", ele disse, com um sorriso suave.
Eu não conseguia dizer nada. A confusão e as emoções se misturavam dentro de mim.
"Por quê?" foi a única coisa que consegui perguntar.
Ele olhou para mim com uma expressão séria, mas gentil. "Eu sou parte de você. Eu
existo nos lugares em que você se permite acreditar, onde a realidade e a imaginação se
encontram. Aurora, o Santuário, a pulseira... tudo isso é sobre você, não sobre mim."
As palavras dele me atingiram com uma clareza que eu não esperava. Tudo o que eu
vinha vivendo não era sobre encontrar alguém ou um lugar mágico. Era sobre encontrar
a mim mesmo. Sobre aceitar as partes de mim que, talvez, eu estivesse evitando por
muito tempo.
"Você não precisa de respostas, apenas precisa se lembrar de quem você é", ele
continuou. "Aurora é o espaço onde você permite que suas verdadeiras emoções
floresçam. O S.O.S. é um lembrete para você não se perder."