O chalé compartilhado

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Se apaixonar é uma grande aposta, você nunca sabe se vai perder ou ganhar. Amar uma pessoa é fazer uma grande e arriscada jogada, é saber que a chance de ganhar como também a uma grande chance de perder. Amar é um tiro no escuro.

Por isso que… Ter um coração é uma droga.

Eu fiz minha grande aposta e dei de cara com o muro, faço oficialmente parte dos tolos de coração partido.

A mais ou menos um mês atrás eu levei um chute na bunda, ela simplesmente disse que não sentia mais nada por mim, que queria explorar a vida e que eu não fazia parte do seu futuro, mas que poderia ser apenas amigas. Minha resposta foi abrir a porta para ela junto de um adeus.

Amigas? Eu deveria dizer o que? “Sim! Podemos ser amigas. Vamos fazer uma festa do pijama e trançar os cabelos uma da outra”. Não fode.

Eu pensei que poderia fingir não ligar, que talvez assim meu coração não doeria tanto, mas não consegui enganá-lo, já que infelizmente eu sinto e sinto muito, porque eu amava ela. Eu pensei que ela fosse a mulher com quem eu me casaria e teríamos uma família, iríamos morar numa casa de campo cercada por árvores e um lago lindo, onde assistirimos o pôr do Sol juntas deitadas em uma espreguiçadeira.

Mas pelo jeito, só eu vi esse futuro para nós, um futuro que não vai acontecer.

Agora estou enfurnada em meu apartamento, fingindo que minha vida não se tornou tediosa e que o mundo não ficou insuportavelmente chato. Todos os dias eu acordo, o mesmo barulho irritante do despertador, as mesmas buzinas irritantes de pessoas impacientes ou atrasadas para a vida lá embaixo, os latidos dos cachorros e os cânticos das aves, o silêncio insuportável que cobria o meu apartamento.

As mesmas coisas a um mês.

Love In The Dark de Adele estourou pelo quarto escuro, atingindo meu estômago e coração como um soco. Por que diabos eu fui colocar essa música como chamada?

-Ah, meu Deus! São sete horas da manhã. Desliga essa merda!

Eu rapidamente alcancei meu celular, recusando as ligações insistentes da minha meia-irmã.

-Me desculpa! - Pedi alto o suficiente para que ele ouvisse do outro lado da parede. Segurei o celular contra o peito enquanto encarava o breu que era meu quarto.

-Por que está gritando?

-Essa mulher fazendo barulho logo cedo!

-Deixa-a em paz! Não vê que ela está sofrendo?

Me encolhi em minha cama, me escondendo embaixo do edredom macio e branco enquanto ouvia os meus vizinhos gritar sobre mim.

-Ela que vá sofrer em silêncio! Eu quero dormir.

-Você não consegue ter empatia!? A garota tomou um chute na bunda, seu imbecil.

E os mesmos vizinhos briguentos e intrometidos.

Meu Deus.

Minha vida havia se tornado uma grande incógnita.

Meu objetivo para hoje era o mesmo objetivo de ontem, ou do mês inteiro, ficar o dia inteiro deitada comendo besteira e assistindo filmes de terror, ficando longe dos romances e drama. Quero distância. Mas meus planos tediosos e deprimentes foram interrompidos por Sydney, minha meia-irmã, que invadiu minha casa e me obrigou a sair do quarto. Ela ainda trouxe reforço, arrastou sua esposa junto para me ver no meu pior e cruel momento.

- Vocês terminaram, ok! Supera isso.

- Ela terminou! Ela! - Eu exclamei debaixo das cobertas, segurando as pontas enquanto Sydney tentava puxar de cima de mim.

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⏰ Última atualização: Oct 28 ⏰

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Lauren Jauregui imagines (you)Onde histórias criam vida. Descubra agora