𝟏𝟏. 𝐂𝐑𝐔𝐄𝐋 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒

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𝐍𝐀𝐓𝐀𝐋𝐈𝐄 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐓𝐎𝐂𝐂𝐈𝐎━━━━━━━━━━━━━━"Hᴏᴍᴇɴs, ᴄᴀᴅᴀ́ᴠᴇʀᴇs, ᴛᴇᴏʀɪᴀs ᴍᴀʟᴜᴄᴀs ᴇ ᴠᴇsᴛɪᴅᴏ ᴘᴇʀᴛᴜʀʙᴀᴅᴏʀ"

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𝐍𝐀𝐓𝐀𝐋𝐈𝐄 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐓𝐎𝐂𝐂𝐈𝐎
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"Hᴏᴍᴇɴs, ᴄᴀᴅᴀ́ᴠᴇʀᴇs, ᴛᴇᴏʀɪᴀs ᴍᴀʟᴜᴄᴀs ᴠᴇsᴛɪᴅᴏ ᴘᴇʀᴛᴜʀʙᴀᴅᴏʀ"

A ponta do lápis corre pelo papel enquanto observo a noite, sentada ao lado da janela com o bloco de desenho apoiado nas pernas. Desenhar a lua se tornou quase um ritual para mim. Algo na sua luz solitária, misteriosa, sempre me atrai — como se, em meio ao silêncio, ela fosse a única presença constante, a única testemunha dos meus pensamentos vagos. Ali está ela, pálida, intocável, cheia de crateras e segredos.

As luzes da rua criam manchas amarelas e incertas pelo asfalto, deixando o restante na penumbra. Às vezes me pergunto se é assim que o resto do mundo me vê: na sombra, um pouco apagada, sempre meio fora do alcance. Mas isso me serve bem.

Contorno mais uma curva da superfície lunar, perdida nos meus pensamentos — o que eu iria descobrir depois? Tudo nas últimas semanas parece um quebra-cabeça que, ao invés de criar uma imagem, apenas me puxa para ainda mais confusão. Como se algo escondido nas sombras esperasse para ser encontrado, mas só me empurrasse ainda mais fundo no escuro.

Quando desvio o olhar, algo me chama a atenção. Na rua vazia, uma cena incomum prende meus olhos: uma figura escura, se movendo furtivamente no quintal da senhora Carter, a avó do Daye.

"Que porra é essa?" sussurro, franzindo o cenho, e inclino o corpo para frente, tentando ver melhor.

O homem — e tenho quase certeza de que é um homem — se move com precisão calculada, espiando de um lado a outro, como se procurasse algo, ou quisesse se certificar de que ninguém o via. Mas eu estou vendo. Só que a iluminação não colabora, e cada sombra parece engolir um pedaço da sua figura. Por um segundo, considero que poderia ser Daye... mas logo descarto essa ideia. Ele nunca andaria por aí como se fosse um ladrão, e certamente não vestido daquele jeito.

𝐒𝐈𝐋𝐄𝐍𝐓 𝐎𝐁𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍 - 𝐋𝐎𝐓𝐓𝐈𝐄𝐍𝐀𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora