Ana Flávia Castela é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do loca...
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Duas mesas adiante, uma fileira para trás.
Eduarda e Vetuche mal podiam ser vistos de onde eu estava sentada, e me curvei para observar Gustavo, que encarou a cadeira vazia que eu geralmente ocupava antes de ir se sentar na ponta da mesa.
Eu me senti ridícula por me esconder, mas não estava preparada para me sentar diante dele durante uma hora inteira.
Quando terminei a refeição, inspirei fundo e fui caminhando até o lado de fora, onde Gustavo terminava de fumar.
Eu tinha passado a maior parte da noite tentando formular um plano para voltarmos ao ponto em que estávamos antes.
Se eu tratasse nossa transa da forma como ele geralmente lidava com sexo, eu teria uma chance maior o plano trazia o risco de perdê-lo completamente, mas eu tinha esperança de que seu imenso ego de macho o forçasse a entrar no jogo.
— Oi — falei.
Ele fez uma careta.
— Oi. Achei que ia te encontrar no almoço.
— Tive que entrar e sair correndo. Tenho que estudar.
Dei de ombros, fazendo minha melhor imitação de casualidade.
— Precisa de ajuda?
— É cálculo. Acho que com isso eu consigo lidar.
— Posso ficar perto só pelo apoio moral— ele sorriu, enfiando a mão no bolso.
Os músculos firmes de seu braço tencionaram com o movimento, e a lembrança deles flexionados enquanto ele me penetrava me veio à mente em vividos detalhes.
— Hum... o quê?
Perguntei, desorientada com o súbito pensamento erótico que tinha passado como um lampejo por minha mente.
— A gente vai fingir que aquela noite nunca aconteceu?
— Não, por quê? — fingi que estava confusa e ele suspirou, frustrado com meu comportamento.
— Não sei... Porque tirei sua virgindade? — ele se inclinou na minha direção, dizendo essas palavras num sussurro.
Revirei os olhos.
— Tenho certeza que não foi a primeira vez que você deflorou uma virgem, Gu.
Tal como eu temia, meu comportamento casual o deixou com raiva.
— Pra falar a verdade, foi sim.
— Ah, vamos lá... Eu disse que não queria nada esquisito entre a gente.
Ele deu uma última tragada no cigarro e o jogou no chão.
— Bom, se eu aprendi alguma coisa nos últimos dias, é que nem sempre a gente consegue o que quer.