Ana Flávia Castela é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do loca...
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No dia seguinte, fui almoçar com Vetuche e Eduarda.
Eu queria ficar sozinha, mas, conforme os alunos foram entrando no refeitório, as cadeiras à minha volta foram ficando cheias de amigos da fraternidade do Vetuche e de membros do time de futebol americano.
Alguns estavam na luta, mas ninguém mencionou minha experiência na beira do ringue.
- Tuche - disse alguém que passava.
Vetuche assentiu, e tanto Eduarda quanto eu nos viramos e vimos Gustavo se sentando em um lugar na ponta oposta da mesa.
Duas voluptuosas loiras tingidas com camiseta da Sigma Kappa o acompanhavam.
Uma delas se sentou no colo dele, e a outra lhe acariciava a camisa.
- Acho que acabei de vomitar um pouquinho - murmurou Eduarda.
A loira que estava no colo do Gustavo se virou para ela:
- Eu ouvi o que você disse, piranha.
Eduarda pegou um pãozinho e o jogou, errando por muito pouco o rosto da garota.
Antes que a loira pudesse dizer mais alguma coisa, Gustavo abriu as pernas e a garota caiu no chão.
- Ai! - disse ela em um grito agudo, erguendo o olhar para Gustavo.
- A Eduarda é minha amiga. Você precisa encontrar outro colo pra se sentar, Lex.
- Gustavo! - ela reclamou, esforçando-se para ficar em pé.
Ele voltou à atenção para o prato, ignorando a garota, que olhou para a irmã e bufou de raiva.
As duas foram embora de mãos dadas.
Gustavo deu uma piscadela para Eduarda e, como se nada tivesse acontecido, enfiou mais uma garfada na boca.
Foi aí que notei um pequeno corte na sobrancelha dele.
Ele e Vetuche trocaram olhares de relance, e então ele começou uma conversa com um dos caras do futebol do outro lado da mesa.
Embora a quantidade de pessoas à mesa tivesse diminuído, Eduarda, Vetuche e eu ficamos lá ainda um tempo para discutir nossos planos para o fim de semana.
Gustavo se levantou como se fosse embora, mas parou na nossa ponta da mesa.
- Que foi? - Vetuche perguntou em voz alta, colocando a mão perto do ouvido.
Tentei ignorá-lo quanto pude, mas, quando ergui o olhar, Gustavo estava me encarando.
- Você conhece ela, Gu. A melhor amiga da Eduarda, lembra? Ela estava com a gente na outra noite - disse Vetuche.
Gustavo sorriu para mim, no que presumi ser sua expressão mais charmosa.
Ele transbordava sexo e rebeldia, com aqueles antebraços tatuados e os cabelos castanhos cortados bem rente à cabeça.