Capítulo 5- The Bloody Death

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"A capacidade que o ser humano possui de ser medíocre e manipulável, é deveras deplorável."

                               The Bloody Poet

Pov The Bloody Poet

A chuva caía torrencialmente, o som dos seus pingos a chocar contra todas as superfícies era acompanhado pelo som estridente dos trovões.

A Dara andava, calmamente, à minha frente. Ela não imaginava que eu a estava a perseguir, desde que saíu da faculdade.

Quando ela atravessou um jardim deserto, apressei os meus passos e alcancei-a. Como ela estava de costas, cobri a sua boca com a minha mão, para que ela não gritasse e estragasse os meus planos.

Tirei a minha arma do bolso das calças, apontei-a em direção à parte lateral da sua cabeça e disparei, sem pensar muito. Queria que a sua morte fosse rápida e pouco dolorosa, pois não estava com paciência para escanda-los e gritos desesperados.

Por que eu matei a Dara? Bem...em primeiro lugar as pessoas irão pensar que foi a Kylie.

Em segundo lugar isto irá afetar a Kylie psicologicamente, vai deixá-la, ainda, mais frágil e inútil, dando-me margem para manipulá-la da forma que eu quiser. Ela vai se sentir tão mal, por ter tentado matar a sua amiguinha....e por não ter tido oportunidade de lhe pedir desculpa.

Admirei o corpo caído no chão, o sangue escorria intensamente pelo buraco, na sua cabeça, provocado pela bala. Eu poderia esconder o corpo, mas a minha intensão era fazer alguém encontrá-lo, queria que todos soubessem que a Dara morreu e que a maior suspeita é a Kylie....Sorri divertida ao imaginar o seu sofrimento.

(...)

- Tu mataste a Dara? - a Ruby perguntou chorosa.

- Sim, eu matei a Dara. - encolhi os ombros como se não fosse nada de especial, realmente, não era...eu até fui muito simpática por não a ter feito sofrer.

- Eu não acredito...- a loira disse soluçando.

- Ruby, por favor, não tenho paciência para as tuas lamúrias. - suspirei irritada. Para quê chorar? Eu nem me lembro da última vez que chorei...chorar é para os fracos e eu odeio pessoas fracas. Sinto vontade de acabar com todas elas, só não dou o mesmo destino à Ruby, que dei à Dara, porque preciso dela.

Ela estava sentada na cadeira à minha frente, com o seu rosto coberto com as suas mãos e eu ouvia o seu choro abafado.

- Meu Deus, Ruby! Queres que eu te leve até ao corpo para te despedires? - questionei dando um sorriso de lado. - Não garanto é que não fiques ainda mais chocada, ao veres o sangue pelo chão, ao sentires o seu corpo frio...ao...- fui interrompida por um grito.

- CHEGA! PÁRA! - ela gritou e tapou os ouvidos com as mãos, que antes cobriam o seu rosto.

Eu levantei, calmamente, fui na sua direção, fiquei atrás da sua cadeira. Coloquei o seu cabelo para o lado, inclinei-me para a frente, deixando a minha boca próxima do seu ouvido.

- Se voltas a gritar comigo, juro que será o teu último grito. - sussurrei e soprei sobre a sua pele, fazendo a mesma se arrepiar e engolir em seco.

Girei a sua cadeira, de modo a que ela ficasse de frente para mim. A sua cabeça estava abaixada e ela encarava o chão, as suas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Levei a ponta dos meus dedos até ao seu queixo, fazendo com que ela me encarasse.

- Ruby, o que eu faço contigo? - questionei, a ponta dos meus dedos acariciava a sua pele. Comecei pelo seu queixo e fui subindo até à sua bochecha, deixei um último carinho nela e ela gritou, quando sentiu a minha mão bater na sua bochecha, com força, tanta força que a sua cabeça virou para o lado esquerdo.

- Espero que não voltes a passar dos limites ou eu juro que acabo contigo. - aconselhei- Agora, respira fundo e controla essa tua fraqueza, já estou a ficar enjoada. - eu disse fazendo uma careta.

Ela não disse nada, apenas assentiu. Eu voltei a sentar-me na minha cadeira, ela girou a sua cadeira na minha direção e encarou-me. Sorri ao ver a marca da minha mão no seu rosto.

- Preciso que vás à casa da Kylie e procures o livro que aquele velho maldito roubou da minha avó. Ele esconde algo que eu necessito, mas que não te posso revelar. - expliquei. Os meus cotovelos estavam repousados sobre a mesa e as minhas mãos estavam entrelaçadas uma na outra. A minha cadeira era, ligeiramente, mais alta do que a da Ruby, dando-me um ar de superioridade, que eu amava sentir. Afinal, eu mando e a Ruby obedece.

- Como é que eu vou fazer isso? Eu nem sei como é o livro...- ela bufou e reclamou.

Abri o meu olhar e tornei-o mortífero, arqueiei uma sobrancelha e disse:

- Ou fazes....ou morres...- sorri divertidamente, empurrando a cadeira para trás. Deixei as minhas costas caírem desajeitadamente sobre ela e coloquei os meus pés sobre a mesa.

Observei a loira à minha frente que engoliu em seco e assentiu freneticamente com a cabeça.

- Eu faço...- voltei a sorrir orgulhosamente. Como é bom sentir as pessoas sendo submissas às minhas ordens... É só ameaçar tirar-lhes a vida que elas fazem tudo o que eu quero, que patéticas e medíocres.

A Ruby saiu, finalmente, não aguentava mais olhar para a sua cara de desespero e fraqueza.

Fechei os olhos, repousei as mãos sobre a minha barriga e sorri ao imaginar tudo o que estava por vir.

- Kylie...Kylie...Kylie...o inferno está a começar....- sussurrei.

Autora

Consegui escrever mais um capítulo...a The Bloody Poet não está para brincadeiras...coitada da Dara....

Espero que tenham gostado! Até ao próximo capítulo ❤️ ( não se esqueçam de votar e comentar, quero saber as vossas teorias)







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