Pov The Bloody Poet
Eu posso afirmar que sou uma excelente atriz, fazer a Kylie se apaixonar por mim foi tão fácil, que chegou a ser deprimente.
Todas as vezes que a beijei, que a toquei, foram horríveis para mim, mas tinha que fazê-la acreditar que eu a amava.
São incontáveis, as vezes, que senti vontade de vomitar por tê-la beijado ou por tê-la deixado tocar no meu corpo. E são incontáveis, as vezes, que eu a quis estrangular, esquartejar...
Como eu já disse os seres humanos são deploráveis e manipuláveis e a Kylie comprova todas as minhas teorias. Deixou-se encantar pelo meu lado doce e simpático, ficou impressionada e atraída pela minha inteligência e perdeu-se nos meus toques ásperos, insensíveis e sem sentimentos.
Ela afirmava que eu era o seu maior sonho...mas eu sou o seu maior pesadelo... Irónico, não é?
Ela confiava tanto em mim, que tudo o que eu dizia, soava como se fosse a maior verdade do mundo...Ai..ai..que idiota...
Durante este mês, consegui insinuar que a Camila, era a culpada, até imitei a sua caligrafia para escrever os bilhetes. A Camila não é a The Bloody Poet, é só mais uma peça inútil do meu jogo....
- Malia, tu mataste a tua irmã gémea...- a Ruby afirmava chocada, com os olhos arregalados.
- Ela só me dava dores de cabeça...era uma inútil...- eu encolhi os ombros. - E olha consegui o que eu tanto queria, o livro do velho Jonh- sorri orgulhosa, admirando o livro que segurava com as minhas mãos.
Eu fiz com a Kylie, exatamente, a mesma coisa que o velho Jonh fez com a minha avó. Ele brincou com os seus sentimentos para se beneficiar, fez a minha avó acreditar que ele a amava, para no final a destruir e roubar-lhe toda a sua fortuna.
Aquele velho era tão repugnante que resolveu esconder a fortuna da minha avó, algures por esta cidade, e o livro contém um mapa, onde ela se encontra.
- E a Kylie? Ela acha que a "Malia" morreu, ela deve estar destroçada e a pensar em mil e uma maneiras de te matar. - a Ruby comentou.
- Ela que tente...- mordi lábio inferior- Eu tenho o controle dela, faço dela o que eu quiser, Ruby. - sorri de lado e a loira olhou para mim com uma sobrancelha arqueada.
- E eu? Já estou livre? - perguntou receosa.
- Hm...depende da prespectiva- eu disse pensativa, repousei o livro em cima da mesa e avancei até ela, lentamente. O seu corpo ficou tenso e notei que estremeceu, levemente, ao ver a arma no bolso das minhas calças.
- Eu posso deixar-te livre para sempre...a morte parece uma boa liberdade- disse sugestiva- Ou então ficas viva, mas presa a mim...seguindo as minhas ordens... - olhei para ela inocentemente.
- Vou ser boa pessoa e deixar que tu escolhas o teu destino. - afastei-me dela e olhei para o relógio de ouro que se encontrava no meu pulso. Segurei-o com a ponta dos meus dedos para verificar as horas, sentei-me sobre a minha mesa.
- Tens 1 minuto para decidir - eu ordenei, retirei a arma do meu bolso e comecei a brincar com ela. Apontei-a para a janela, para o teto, enquanto os segundos passavam. A Ruby não conseguia dizer nada, estava pensativa...acho que ela quer mesmo morrer. Quando faltavam exatos 10 segundos, apontei a arma na direção da sua testa e contei:
- 10...9....8...7...6...5...4...3...2...1...- preparei-me para pressionar o gatilho, mas fui interrompida pela sua voz trémula e chorosa.
- Eu sigo as tuas ordens...- fechou os olhos e decidiu apavorada. Meu Deus, para quê fazer tanto drama...odeio pessoas dramáticas.
- Boa escolha! - sorri divertida.- Relaxa, eu era incapaz de disparar sobre ti...- ela respirou aliviada e eu reformulei a frase.
- Eu era incapaz de disparar sobre ti dentro do meu escritório...Daria muito trabalho limpar o teu sangue dele...- comentei e ela voltou a ficar tensa- Se eu fosse a ti, tinha cuidado ao andar na rua...nunca se sabe os perigos que podem existir lá fora....
A loira apenas assentiu e saiu do meu escritório.
Sentei-me na minha cadeira, voltei a admirar o livro, abri-o e analisei página por página, o maldito mapa estava dentro dele, mas eu não sabia onde.
Analisei-o durante horas e horas, porém, não encontrei nada.
- Velho idiota!- bufei irritada e atirei o livro para o chão.- Eu vou encontrar o mapa! - suspirei frustrada.
A Cantrall deve saber de algo, maldita a hora que matei a inútil da minha irmã gémea. Sim, eu tenho uma irmã gémea...ou melhor tinha, nós não éramos, propriamente, amigas.
E não..não foi ela que namorou com a Kylie durante um mês inteiro, fui realmente eu...menos hoje, eu pedi à minha irmã para se fazer passar por mim... só não lhe contei qual seria o seu destino.
Durante o mês em que estive sempre ao lado da Kylie, tive que me conter para não assassiná-la, durante a noite, a vontade era muita, mas não podia...Por mais que eu queira acabar com ela, fazê-la sofrer parece mais interessante.
Neste momento, ela deve estar desolada, pois perdeu a sua querida namorada...
- Pobre, Kylie! - comentei e soltei uma gargalhada que ecoou pelas quatro paredes do meu escritório.
Eu prometi fazer da vida dela um inferno, mas eu sou o seu verdadeiro inferno e vou destruí-la....bem lentamente...bem dolorosamente...
Autora
A identidade da The Bloody Poet foi revelada....
Espero que tenham gostado! Até ao próximo capítulo ❤️ ( não se esqueçam de votar e comentar, pfv :( )
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The Book
FanfictionEu vou torturar, destruir, matar a Kylie Cantrall com as minhas próprias mãos. The Bloody Poet