Capítulo 10 - The Bloody Twin Sister

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O amor é um poeta fingidor,
Finge ser feliz, mas é feito de dor.
O amor é um poeta sem sentido,
É um vasto caos, mas finge ser abrigo.
O amor é um poeta sem sorte,
E a sua única cura...é a morte.

                                 The Bloody Poet

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Narradora

O sentimento de inutilidade perseguia a Kylie, durante o dia, e assombrava-a, durante a noite.

A desconfiança passou a fazer parte de si, não conseguia confiar em ninguém e desconfiava de todas as pessoas à sua volta. A assassina estava próxima e ela tinha o dever de descobrir quem ela era, e acabar com a sua vida.

A Kylie passou semanas a tentar encontrar um elo de ligação entre as mortes dos seus amigos. Deixou de frequentar a faculdade, deixou de sair de casa, deixou de comer. Ela estava uma lástima, os cabelos desidratados, desorganizados, as suas olheiras eram enormes e a sua pele estava tão pálida, quase se confundia com a cor da parede do seu quarto.

Nada parecia fazer sentido, exceto algo que a intrigava. Se a The Bloody Poet assassinava todos os seus amigos porque é que a Ruby ainda está viva? Pela lógica, ela deveria ter sido a primeira a ser morta.

A Ruby afastou-se da Kylie, andava ansiosa e estranha, o que aumentava a inquietação da Kylie em relação à sua melhor amiga.

Poderia a Ruby estar por detrás da assassina? Afinal, foi ela quem lhe contou que a Dara era a The Bloody Poet. Na mente da Kylie, a Ruby poderia ser uma pista para alcançar a assassina.

Ela não atribuía o papel da assassina à Ruby porque os seus cabelos eram loiros e os da The Bloody Poet não, essa era a única característica que a Kylie conhecia, cabelos longos e encaracolados.

A Kylie, simplesmente, não podia esperar mais, senão iria encontrar a loucura. Tomou um banho rápido, vestiu algo e saiu a correr em direção à casa da Ruby.

(...)

- Kylie? - a Ruby  abriu um pouco a porta, apenas o suficiente para espreitar para a rua. O facto de ter gaguejado ao ver a sua melhor amiga denunciou o quanto estava surpresa e nervosa por vê-la ali.

- Posso entrar? - a Kylie questionou arqueando uma sobrancelha.

- Eu estou ocupada agora...- mordeu o lábio inferior devido ao nervosismo.

- Ruby, eu não tenho o dia todo! - o coração da Kylie acelerou ao ouvir aquela voz tão familiar.

- Malia? - questionou emocionada e em choque. Fez menção em empurrar a porta, mas a Ruby não deixou. - Ruby deixa-me entrar! - a Kylie disse frustrada fazendo força para empurrar a porta. Como era mais forte que a loira, conseguiu abrir a porta e quase desfaleceu ao ver a pessoa que estava sentada no sofá.

- Malia? - questionou chorosa. Ela estava estática, o seu corpo estremeceu, o seu coração queria saltar para fora do seu peito.

- Não...eu sou a irmã gémea dela. Sou a Chloe...- estendeu a mão, amigávelmente, para cumprimentá-la.

A Kylie estava confusa, a Malia tinha uma irmã gémea? Ela nunca lhe tinha contado.

- Desculpa, eu pensava que...- desculpou-se, contendo as lágrimas que queriam sair ao relembrar-se da sua namorada.

- Tudo bem...eu também sinto a falta dela...- suspirou e abraçou a Kylie.

O seu perfume penetrou as narinas da Kylie, fazendo o seu corpo arrepiar, elas tinham o mesmo cheiro, a mesma voz e o mesmo olhar doce...

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The Bloody Poet

Eu vou despedaçar a Ruby, tortulá-la e matá-la, sem dó, nem piedade. Como é que ela deixou a Kylie entrar?

Tive que voltar a exercer a minha profissão de atriz e interpretar a personagem "Chloe", a minha irmã gémea.

O meu corpo quase colapsou ao abraçar o da Kylie, se eu pudesse apertava-a nele, até ela sufocar.

Durante o abraço, olhei para a Ruby com um olhar mortal, demonstrando o quanto eu estava insatisfeita com a sua falta de profissionalismo.

Desfiz o abraço e reparei que algumas lágrimas escorriam pelo rosto da Kylie. Nunca vou compreender o porquê de tanto choro? Quando eu fico triste, frustrada, enfurecida, eu não choro...eu mato pessoas.

- Então, Kylie! O que querias falar comigo? - a Ruby perguntou nervosa, porém, levemente curiosa.

A Kylie, ainda, se encontrava parada, analisava cada parte do meu rosto e cada parte do meu corpo.

- Incrível, até a cicatriz na sobrancelha é igual. - comentou impressionada, passando a ponta dos dedos, com delicadeza, sobre a minha cicatriz.

A cicatriz? A minha irmã não tinha uma cicatriz...

- Kylie? - a Ruby voltou a chamá-la, tentando captar a sua atenção. Ela balançou a cabeça e engoliu em seco.

- Hm..eu...não sei...- murmurou confusa. Pensou durante alguns segundos. - Ah, eu vinha falar sobre a...- olhou para mim e não terminou a frase.- Tu sabes de quem estou a falar Ruby- afirmou nervosa.

- Estás a falar da The Bloody Poet? - perguntei utilizando o tom de voz mais inocente que consegui fazer.

- Sim...- suspirou- Eu tenho de encontrá-la e acabar com ela.- disse frustrada e furiosa. Eu deixei escapar um sorriso divertido, sem ela reparar.

- E como pensas fazer isso? - questionei curiosa.

- Eu não sei...- voltou a suspirar profundamente.

Se no início eu queria matar a Ruby, agora poderia agradecer-lhe, aproximar-me da Kylie, novamente, parecia uma oportunidade demasiado boa de se deixar escapar.

Posso fingir que a vou ajudar, utilizando a desculpa de querer vingar a morte da minha querida e doce irmã. Posso descobrir o mapa, fazê-la apaixonar-se por mim, novamente. Posso quebrar-lhe o coração e por fim, matá-la, cruelmente e bem lentamente. Queria que a sua morte fosse agonizante e inesquecível....

- Ruby, podes trazer-nos um chá, por favor! - pedi educadamente, a Ruby apenas assentiu e saiu.- Senta-te, Kylie! Eu posso tentar ajudar-te a encontrar a The Bloody Poet e ajudar-te a acabar com ela....

Autora

O capítulo não ficou muito bom, mas espero que tenham gostado ❤️

Será que a Kylie vai ceder aos encantos da The Bloody Poet, novamente?

Até ao próximo capítulo ❤️

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