Capítulo 13- The Bloody Mistake

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Pov Kylie Cantrall

- Ruby? - chamei-a num sussurro, a Malia estava sentada numa cadeira, com as pernas em cima da mesa e com os olhos fechados. Aproveitei o seu pequeno descanso para conversar com a Ruby. 

A loira olhou para mim, o seu olhar transmitia medo, tristeza e súplica. O pedaço de tecido velho cobria-lhe a boca, impedindo-a de me responder. Felizmente, a Malia tinha se esquecido do meu, no meu pescoço.

- Temos que encontrar uma forma para sairmos daqui...- sussurrei, novamente, a Ruby assentiu, movimentando a cabeça para cima e para baixo. 

Eu sei que de alguma forma, ela é cúmplice da Malia, afinal se ela tivesse denunciado a The Bloody Poet, desde o começo, nada disto teria acontecido, mas eu sei que ela não passava de uma mera peça no jogo da Malia, assim como eu fui uma.

De repente, a porta da casa abandonada é aberta pelo Josh e pelo Peder, não é possível que eles também façam parte disto.

A Malia abriu os olhos, retirou as pernas de cima da mesa e levantou-se.

- Preciso que vocês fiquem de olho nelas! - ordenou, utilizando um tom de voz arrogante. - Eu vou demorar um pouco, espero que façam um bom trabalho, senão já sabem qual é o vosso destino! - concluiu e deu um sorriso travesso e cheio de malícia, enquanto pegava na sua arma.

Não demorou muito para ela sair, sentia o olhar do Peder sobre mim e o Josh observava a Ruby.

Tenho de encontrar uma forma de sair daqui, sei, perfeitamente, onde a Malia foi. Ela foi atrás da fortuna da sua avó e eu vou atrás dela para a matar e fazê-la pagar, por tudo o que fez.

(...)

O tempo passou a voar e já estava a amanhecer, o Peder roncava sentado no chão velho e imundo. O Josh estava a dormir sentado na cadeira, com as pernas em cima da mesa e com os braços atrás da cabeça.

Analisei o local, numa escassa tentativa de encontrar alguma forma de escapar. O meu olhar focou-se na mesa, na qual, ainda, se encontrava a faca da Malia. Um sorriso divertido surgiu no meu rosto.

A distancia até à mesa não era muita, mas a probabilidade do som da cadeira a ser arrasta pelo chão, acordar aqueles dois incompetentes, era alta. Resolvi testar e arrastei a cadeira, devagar, suavizando o ruído, observei os dois e nenhum deles se mexeu.

Continuei a arrastar a cadeira, quando cheguei perto da mesa, tentei alcançar a faca com as minhas mãos. Mordia o meu lábio inferior, o suor escorria pelo meu rosto, mas eu não desisti, até conseguir.

Assim que consegui, segurá-la, comecei a cortar a corda, não demorei muito tempo, afinal, precisa de ser rápida. Depois de soltar as minhas mãos, soltei a minha cintura e os meus pés.

Cuidadosamente, levantei-me, a faca continuava nas minhas mãos, observei o Josh e o Peder e ambos continuavam a ressonar alto.

Pensava que a Malia era mais inteligente, deixar estes dois aqui sozinhos, foi um erro de principiante.

A Ruby ainda dormia, optei por deixá-la ali, estava mais segura do que comigo, pois vou atrás da Malia e acabar com a sua vida.

Sempre que me recordo que me apaixonei por ela, o meu estômago revira e sinto vontade de vomitar. O amor que sentia por ela tranformou-se em ódio e sede de vingança.

Eu vou matar a The Bloody Poet!

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Pov The Bloody Poet

Caminhava pela floresta, próxima da casa abandonada. Já começava a amanhecer e eu ainda não tinha encontrado o maldito baú com a fortuna da minha avó.

O mapa era confuso, mal desenhado, porém, algo me dizia que eu estava bem próxima do local.

Continuei a caminhar, por alguns longos quilómetros, o foco da minha mente encontrava-se dividido entre a fortuna e a Kylie. Espero que aqueles idiotas, estejam a fazer um bom trabalho, não quero perder tempo a acabar com eles, pois o meu foco é assassinar a Kylie.

O percurso até ao local, onde estava a fortuna, estava coberto de folhas secas, ramos e pequenos galhos. Aquele lugar era familiar, aquele tronco de árvore, eu já tinha estado, naquele local. Forcei a minha mente a lembrar-se.

Após penar por alguns segundos e analisar bem o local, percebi que estava, exatamente, no mesmo lugar onde eu tinha assassinado o velho Jonh.

O mapa indicava que eu estava no lugar correto, a fortuna, da minha avó, estava algures enterrada por ali.

Comecei a cavar alguns buracos, com as minhas mãos, tentando, desesperadamente encontrar o baú. Eu tinha de ser rápida, tinha de voltar para a casa abandonada.

Eu estava de joelhos no chão, sustentava o meu corpo com a minha mão e braço esquerdo e com a direita abria mais um buraco no chão.

A frustração já dominava todo o meu corpo, estava ali à tanto tempo e nada. Estava quase a desistir, quando a minha mão tocou em algo de madeira.
Sustentei o meu corpo só com os joelhos e cavei, apressadamente e desesperadamente.

Segurei no baú e puxei-o com toda a minha força. A sua fechadura tinha o mesmo formato que o pingente da Kylie, felizmente, tinha o levado comigo. Coloquei-o sobre a fechadura e o baú abriu, dando-me a visão da fortuna da minha avó. Eu sorri maravilhada ao ver tanto dinheiro.

Finalmente, tinha encontrado o que tanto procurava, o que me pertencia, mas não demorou muito para o meu sorriso se transformar, em um sorriso divertido e diabólico, ao pensar que agora sim, poderia matar a Kylie sem dó, nem piedade.

- Parece que, finalmente, encontraste o que precisavas...- uma voz sarcástica quebrou o silêncio que existia no local. Eu conhecia aquela voz, mas não queria acreditar que aqueles dois idiotas tinham deixado a Kylie escapar.

Levei a minha mão até ao bolso das minhas calças, no qual se encontrava a minha arma, porém, a Kylie foi mais ágil do que eu e num ápice, o seu braço abraçou o meu pescoço e na sua mão ela segurava a faca. Ela estava posicionada atrás de mim e eu sentia a sua respiração quente e acelerada próxima do meu ouvido. Estava tão próxima que sentia as batidas descompensadas do seu coração.

- Quieta Baker! - ordenou com um tom de voz áspero e eu, apenas soltei uma gargalhada.

- Vais fazer o quê? Matar-me? - questionei sarcástica, a sua mão termia ao segurar a faca.- Tu és patética, Kylie! Jamais matarias alguém, muito menos alguém que tu amas! - concluí com um sorriso divertido no rosto.

- Amava! - sussurrou rudemente perto do meu ouvido. Posicionou melhor a faca, encostando-a ao meu pescoço, a sua mão ainda tremia, devido à força que a Kylie exercia sobre ela. Eu sentia a faca começar a penetrar a minha pele, no entanto, nem isso foi capaz de tirar o sorriso travesso que se encontrava no meu rosto.

- Força, Kylie! - sussurrei- Mata-me!

Autora

A Malia devia ter sido mais inteligente, deixar a Ruby e Kylie com o Josh e o Peder foi um erro de principiante....

Espero que tenham gostado do capítulo ❤️ ( comentem e votem, quero saber as vossas teorias sobre o que irá acontecer)

Se tiver erros, eu depois corrijo.

Até ao próximo capítulo ❤️



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