capítulo #11

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narração on

Uma semana havia se passado desde que sn tinha se mudado para a casa de Madara. Nesse curto período, a dinâmica entre eles ganhou contornos mais profundos e complexos: ela mantinha uma amizade sólida e cúmplice com Obito, que, depois de entender a situação, mostrava-se cada vez mais protetor e confidente. Com Madara, porém, o cenário era diferente. Embora não assumissem abertamente o que sentiam, havia um romance discreto e crescente, escondido sob olhares silenciosos e encontros sutis, um segredo compartilhado apenas entre eles — e, em parte, com Obito, a quem sn confiava algumas poucas informações.

Na empresa, a nova funcionária que substituíra Hinata parecia se ajustar bem ao ambiente. Simpática com os demais e ainda mais cordial com Madara, ela não perdia uma chance de tratar sn com um toque de deboche, algo que a intrigava e incomodava. A sutileza com que demonstrava sua antipatia por sn era tão irônica quanto provocativa, parecendo entender algo sobre sn que talvez nem ela mesma compreendesse.

Durante esses dias de relativa calmaria, sn quase acreditou que o estranho stalker, o remetente das mensagens ameaçadoras, havia desaparecido. Mas no sétimo dia em que estava na casa de Madara, uma nova mensagem chegou, com o tom ameaçador que ela não esperava ver tão cedo: “sou quem você pensou que te deixaria livre.” O arrepio tomou conta dela. Quem quer que fosse essa pessoa, parecia conhecer não apenas seu paradeiro, mas também detalhes íntimos da sua vida, como se estivesse a observando desde sempre.

Sn tentava imaginar quem poderia ter tanto ódio guardado a ponto de persegui-la, mas nada fazia sentido.

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Na penumbra do quarto apertado, ela digitava, os dedos rápidos no teclado como se cada letra fosse um golpe. "Olha só, a garota desajustada agora tem um conto de fadas," pensava ela, com um sorriso irônico que era mais um esgar do que qualquer outra coisa. Cada palavra que escrevia era um alívio momentâneo, como se despejasse toda a sua raiva em cada linha: “Você realmente acredita que chegou onde está porque merece? Que se sair bem uma ou duas vezes te faz digna de algo? Que triste…”

Ela observava sn de longe há semanas. A nova amizade com Obito, clima suspeito dela com madara — tudo isso era uma piada cruel aos seus olhos. Como se aquela garota pudesse ser merecedora de algo assim. “Acho que você não entende que está apenas de passagem. Pessoas como você entram e saem da vida de outras sem deixar rastro,” murmurava em voz baixa, com um desprezo que fazia seu rosto se contorcer.

Ver sn ganhar espaço, amizades e confiança só acentuava seu ódio. Como sn ousava sorrir ao lado de Madara? E ainda mais com Obito ao seu lado, como se tivesse direito à atenção de ambos. Cada nova mensagem que enviava carregava sua frustração e ironia, um lembrete constante para sn de que alguém estava observando, torcendo por sua queda, mesmo que ela não pudesse ver.

"Acha mesmo que está segura?" ela murmurava, enquanto suas mãos dançavam no teclado. "Vamos ver até onde esse sorrisinho patético vai aguentar." Ela pensava nas reações de sn, na insegurança que aquela mensagem poderia causar, e sentia um prazer perverso com a ideia de vê-la tropeçar, desmoronar.

"Tudo bem, se ela quer ser a estrela desse show, eu farei questão de ser a escuridão que vai acabar com ele."

O dia começou e sn foi para empresa sozinha, porque madara tinha uma reunião particular então por enquanto não precisa de sua ajuda,ela saiu da casa dele,ela foi para empresa e logo que chegou foi para seu andar, suspirando ao ver duas figurinhas na recepção, focando na confiança que construíra nos últimos dias, decidida a não se deixar abalar pela presença de ninguém. As ameaças ainda rondavam sua mente, mas ela se prometera que não as deixaria minar seu dia.

Ela encontrou Tobirama conversando com a nova secretária, Kelyi. Ela tinha um sorriso meio cínico no rosto, que só se ampliou ao perceber a presença de sn. Tobirama a notou e, com um gesto casual e amigável, acenou para sn, que respondeu com um sorriso. Mas, quando seus olhos cruzaram com os de Kelyi, o clima mudou.

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