capítulo #12

29 5 2
                                    

Madara on

Ao chegarmos no prédio, entramos no elevador e subimos até nossos andares em um silêncio tenso. A atmosfera estava carregada, como se o que havia acontecido mais cedo ainda estivesse pairando no ar. Eu estava perdido em meus próprios pensamentos, mas logo a porta se abriu com um suave 'ding'.

- Olá, senhor Madara - disse uma loira que estava na recepção. Sua voz era clara, mas minha irritação falou mais alto, e ignorei seu cumprimento, seguindo em direção à minha sala com passos rápidos. A pressa era uma tentativa de escapar da pressão que sentia, tanto por causa da situação anterior quanto pelo olhar curioso dela.

Ao passar, notei que sn riu levemente ao ver a expressão perplexa da loira, que claramente não esperava ser ignorada. O som da risada dela trouxe um leve alívio ao meu humor, e eu segui firme, mas uma parte de mim ficou grudada na imagem dela, tão despreocupada. Sem hesitar, sn me acompanhou, mas a tensão que carregávamos ainda estava lá, apenas ocultada pela leveza do momento.

Entrei primeiro na sala, esperando que sn me seguisse. Assim que ela entrou, sua expressão era de curiosidade, mas logo se transformou em preocupação.

- E então? O que houve? -  Ela perguntou, colocando-se diretamente em minha frente, sua postura determinada, como se quisesse que eu abrisse o jogo.

Suspirei fundo, sabendo que precisava explicar a situação. Enquanto falava, notei a mudança em seu semblante; a expressão de preocupação se aprofundou, e ela parecia chateada com o que eu estava revelando.

- Me desculpe por ter deixado você participar disso. Deveria ter mantido minha posse ciumenta e te proibido, mas sei que você ficaria brava se eu fizesse isso

confessei, minha voz carregada não apenas de irritação, mas também de um certo peso emocional. O que aconteceu não era apenas uma questão de ciúmes; eu me sentia responsável por tê-la colocado naquela situação desconfortável. A frustração com os fotógrafos e a ideia de outros homens admirando-a daquela forma me incomodava profundamente, e eu queria protegê-la, mesmo que soubesse que ela não precisava disso.

- Você não tem culpa, está bem? Você agiu muito bem junto com Hashirama. Obrigada por isso

ela disse com um tom compreensivo, olhando diretamente nos meus olhos. A sinceridade em seu olhar foi como um bálsamo para minha irritação. Então, surpreendendo-me, ela se aproximou e me abraçou.

Retribui o abraço, sentindo a tensão começar a se dissipar entre nós. A proximidade dela, o calor de seu corpo, era reconfortante. Assim que me afastei levemente, não consegui me segurar e a beijei suavemente, como se aquele momento pudesse apagar todas as preocupações que pairavam sobre nós.

- Quando todo esse trabalho passar, prometo fazer nosso fim de semana ser muito bom. Não sei explicar, mas sei que você não é apenas minha secretária agora.

As palavras saíram naturalmente, e um sorriso se formou em meus lábios ao imaginar um tempo a sós com ela, longe das preocupações do trabalho. Era um novo começo, e a ideia de estarmos juntos além do profissional era algo que eu mal podia esperar para explorar.

Nos beijamos mais algumas vezes, perdendo a noção do tempo enquanto os lábios de sn se moviam suavemente contra os meus. Cada toque era eletrizante, como se acendesse uma chama dentro de mim, aquecendo o clima tenso que havia pairado mais cedo.

Logo, percebendo que precisávamos voltar à realidade, começamos a arrumar nossas coisas para voltar para casa. Eu recolhi alguns documentos espalhados pela mesa, enquanto sn organizava seus pertences com um leve sorriso nos lábios, ainda visivelmente animada com a conexão que havíamos estabelecido.

𝑴𝒚 𝒅𝒂𝒓𝒍𝒊𝒏𝒈 Onde histórias criam vida. Descubra agora