Caso 60 - A aberração

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Penultimo capitulo, não vou saber dizer adeus :(

Boa leitura ☆

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20.10.2024
Coreia do Sul

INTAK

Faz cinco dias que minha vida mudou drasticamente. Cinco dias que não tenho contato algum com o detetive vampiro e sei a verdade sobre a minha existência.

A proteção do meu irmão tinha significado, da mesma forma como os interesses do detetive comigo. Não acho que fui usado, mas também não sei dizer qual foi meu papel em toda essa situação. Por isso procurei respostas, que foram agressivamente impedidas de chegar até mim.

Jiung não respondeu às minhas mensagens, e-mails ou as vezes que fui ao prédio dele. Não o vi saindo, e os seguranças disseram que o chefe não queria visitas minhas. Jongseob e Soul tentaram, mas nenhuma das engenhocas deles deu certo. O que pude fazer foi levar Jongseob até o irmão, vi um abraço sincero de anos de tormento, ao menos isso me agraciou com algo bom.

Hina disse que eu deveria esquecer e viver como se nada tivesse acontecido, o meu trabalho como jornalista eu fiz, se Jiung não se deu a preocupação pelos meus sentimentos eu também não deveria sentir pelos dele. Mas, é uma morte, e eu não posso aceitar isso.

Quando aceitei esse trabalho, imaginava que era só um vampiro comemorando seus cem anos, e não fazendo uma carta de despedida. Pensei que poderia mudar as ideias de Jiung por um tempo, mas o que precisa ser mudado nele tá muito além disso. A alma dele precisa ser mudada, concertada e curada. E eu não sou capaz de fazer isso, mesmo querendo muito.

A verdade é que o que criei por Jiung foi muito além de só uma obsessão ou amor platônico, eu me conectei com ele. Maluco pensar que isso tudo aconteceu em apenas quinze dias. Talvez nossas almas sejam mesmo destinadas a nunca estarem juntas.

Estou sentado na parada esperando o ônibus após deixar Jongseob no hotel onde Taeyang está. Olhando os carros passando como se um deles fosse levar esses pensamentos da minha cabeça. Arrasto meu corpo para o banco do lado quando o cara todo de preto e óculos escuros senta ao meu lado, todo jogado.

— Vixe, vai chover no domingo às onze da noite. — Está um sol super forte, nem nenhuma nuvem no céu e esse cara deve ta maluco. — Os anjos devem estar se preparando para chorar.

Ignoro a presença dele, deve ser só mais um louco.

— Deve ser legal. — Continuo ignorando, mas se torna meio difícil não olhar quando ele tá me encarando. Então o olho de lado, confuso. — Ser jornalista, deve ser legal.

Eu estou com um broche de jornalismo na minha bolsa, ele só tá querendo arrumar assunto.

— Eu era jornalista, cobria protestos. — O meu ônibus não chega nunca. — Se alguém tivesse coragem de morrer por mim naquela época só pra me salvar, eu acho que teria feito escolhas diferentes.

O extraordinário detetive vampiro Onde histórias criam vida. Descubra agora