Após 100 anos como detetive sobrenatural, Jiung decide contar os seus melhores casos para um jovem jornalista, que percebe uma sequencia de coincidencias um tanto que interessante entre eles.
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06.10.2024 Coreia do Sul
JIUNG
Durante o fim da década de oitenta eu vivi algumas coisas meio caóticas, e todas elas tinham o mesmo motivo: Choi Taeyang.
Quando o conheci, a premissa foi muito mais interessante do que eu esperava. Acusado de matar um bruxo com cerca de mim mordidas espalhadas por todo o corpo da vítima, apenas a filha do rapaz foi testemunha mas ficou em estado de choque após o acontecido, não podendo afirmar quem foi o culpado. Porém, o acusado Taeyang, se disse vegano e impossibilitado de causar algum mal. Um vampiro, nascido num dos berços mais originais da causa, vivo desde 1500, disse ser vegano e não consumidor de sangue ou outros derivados animais.
Mas aí você pergunta, como? A resposta é bem mais maluca. Taeyang nasceu sem a necessidade de tomar sangue culposamente como o resto dos vampiros, uma vez no mês era o suficiente para ele sobreviver. Além de ter nascido com o super gene, a mistura de características naturais de uma espécie que se adapta a algo muito mais forte do que qualquer mutação tri-sangue. Taeyang não era apenas imortal, ele era indestrutível.
Estaca de madeira, tiro na cabeça, ou até ser explodido por uma granada. Ele sempre acordava inteiro no dia seguinte. Poucos realmente sabiam dessas altas habilidades, tanto que Taeyang se tornou muito próximo de uma pequena comunidade no centro de Las Vegas, mas as gangues que comandavam aquele lugar não gostavam nada da presença dele.
Foi a junção de situações que me puxou para analisar melhor as entranhas dessa história, começando pelo motivo de Taeyang estar no local do crime.
— Tá vendo, estão mortas. — Flores, um pequeno jardim cultivado num beco escuro e nada arejado em Las Vegas. Taeyang estava naquele beco para ver as flores que cuidava. — Fizeram um buraco no meu poço de poder.
Poços de poder se tratam de uma magia super poderosa, feita apenas por grandes magos da antiguidade por levar muita energia vital. Utilizados como campos de proteção ou estufas, podem ser feitos em qualquer lugar entre duas ou mais paredes. E Taeyang tinha feito para conseguir cultivar flores em meio a devastação de Las Vegas de oitenta.
— Eu não consigo reconstruir o buraco feito, veio de uma magia muito mais forte que eu. — Se observado pelo ponto certo, a luz do dia dá para perceber os limites da barreira que costuma ser fina mas um pouco mais escura que a nossa lente habitual. Os buracos feitos eram realmente grandes. — Bruxos conseguem rastrear campos de poder, acho que ele tentou vir para se proteger e alguém quebrou os campos.
Para um campo ser quebrado, o criador dele precisa morrer, os próprios criadores não podem destruir os campos. Essa informação não foi suficiente para eu acreditar em Taeyang, mas encontrar uma marca muito específica exatamente onde um dos buracos do poço foi feito me fez entender que tinha muito mais coisa. Eram as presas do Conde Drácula, e naquela época, apenas uma facção usava esse símbolo.
