Após 100 anos como detetive sobrenatural, Jiung decide contar os seus melhores casos para um jovem jornalista, que percebe uma sequencia de coincidencias um tanto que interessante entre eles.
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31.10.2124 Instituto Revolução dos Seres — Coreia do Sul
SEONG
— Então alunos, aqui terminamos o nosso tour, tem alguma pergunta a fazer? — Levanto o braço. — Sim?
— Se o detetive vampiro é tão extraordinário, porque ele nunca mais foi visto? Ele morreu? — Tá todo mundo me olhando feio, como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo. É uma pergunta lógica. — Ele foi tudo isso aí, mas não vi nenhum lugar falando sobre que fim ele levou.
— Essa é uma informação que não possuímos. Após o início da revolução, o senhor detetive não foi mais visto. — Então fizeram todo um caos para o cara viver e ele sumiu? Sério? — O que temos de registrado é o que o jornalista Hwang Intak deixou em seus livros.
— E esse Hwang Intak não sabe onde o detetive tá? — Meu professor toca no meu ombro, meio que pedindo para eu calar a boca.
— Não, ele não sabe. — Nossa, que chato. — Mas alguma pergunta? Nenhuma? Então eu agradeço a presença.
— Turma, agora vou deixar trinta minutos para vocês explorarem, nos encontramos na estátua da Dalila. — O professor diz, e eu reviro os olhos achando isso um saco.
Pra que idolatrar tanto um cara que sumiu sem deixar rastros? Causaram uma guerra por causa dele, e ele sumiu, não faz o mínimo sentido.
Graças a esse cara, eu tenho que fazer um resumo de dez páginas sobre as histórias que vi aqui. Tudo muito chato, eu já vivi coisa bem mais divertida do que aqui. Bem, ao menos eu posso olhar algumas coisas para tentar conseguir criatividade para escrever algo bom.
Escolho os cadernos, três ao todo, que o escritor Hwang Intak fez durante a revolução como uma exposição da história do detetive vampiro e dos crimes da Ordem nesse mundo.
A Ordem era o órgão vigente pelo controle do mundo na época. Seres escolhidos por todo o mundo para apresentarem suas raças, se reuniam e escolhiam o melhor para o mundo, mas também escondem grandes segredos que um simples jornalista teve coragem de contar.
— Nem tão simples assim. — Um cara de óculos escuros num museu fala ao meu lado. — Ele foi a salvação do nosso mundo.
— Não é isso que esses guias idiotas falam. — Resmungo, fazendo o cara rir. — E o senhor sabe explicar melhor que eles?
— Talvez. Acho que eu sei a verdade que eles não gostam de contar para garotos inocentes e bonzinhos como você. — Eu tenho doze anos, não sou inocente e nem bonzinho. — Mas parece ser.
— Você ta lendo os meus pensamentos? — Ele tira os óculos, mostrando os olhos vermelhos de vampiro natural. — Nossa, que legal.
— Hwang Intak era filho de uma anja que renunciou para viver o amor com um vampiro, chamavam ele de aberração por causa disso. E quer saber de um babado fortíssimo? — Concordo com a cabeça. Ele então me chama para mais perto para sussurrar. — Ele e o detetive vampiro eram almas gêmeas, que se apaixonaram. Graças ao Intak, e o amor que ele tinha pelo detetive, a revolução começou e os dois lutaram lado a lado nisso.
