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Bella estava estranha desde La Push. Ela não disse exatamente o que foi conversado enquanto andava com Jake, apenas que ele contou um pouco das histórias locais. Mas devia haver mais do que isso, ela parecia quase obcecada com alguma coisa. Enquanto tomávamos café da manhã Bella parecia extremamente animada, mais do que o normal. Era a segunda vez que fazia sol desde que ela chegara a Forks, era um bom motivo para a alegria, mas eu não conseguia aproveitar aquilo.

— Está um lindo dia. — meu pai comentou.

— É. — ela sorri, e meu pai devolve o sorriso. Eles estavam se entendendo melhor, mais acostumados com a presença um do outro. Isso era bom.

Desde sábado tenho tentado me desligar do medo dos sonhos, apenas aproveitando a estranha paz noturna. E deu certo por um dia, mas essa noite eu estava inquieta. Sem pesadelos, apenas uma urgência sem sentido.

— Tá quieta hoje. — ele percebe, me olhando revirar o cereal sem nenhuma pretensão de comer.

— Tô poupando energia. Hoje vai ser um longo dia. — enfio uma colher cheia na boca, e me forço a mastigar feliz, encarrando o assunto.

Bella sai mais cedo, me arrastando para a picape. Bom humor matinal, eu sou assim de manhã e não percebo? Que inferno.

— Tá tudo bem, Jules?

— Tá, tá sim. Só tô estressada, eu acho.

— Quer conversar?

— Não sei bem qual o problema, então não tem muito o que falar.

— Certo. Se quiser falar disso depois...

O estacionamento estava vazio quando chegamos com a barulhenta Bertha. Bells não vê problema nisso e já se acomoda em um dos bancos de piquenique e começa a revisar alguma matéria. Sinto que deveria estar fazendo o mesmo, mas assim que abro o livro eu o fecho novamente completamente impaciente. Começo a batucar os pés levemente na grama no ritmo de uma música antiga tentando focar a atenção no ritmo que soava em minha mente. Alguns minutos se passaram arrastados quando Mike chega na mesa. Eu não queria ser rabugenta com ele, que parecia extremamente feliz com o clima de hoje, então decido já ir andando para a aula.

Quando chego na sala de matemática, vejo que a carteira que normalmente dividia com Mo estava ocupada por uma cabeleira loira diferente. Aimee Mallory. Decido ignorar sua presença durante toda a aula focando na matéria. Sinto uma preocupação crescendo no meu estômago. Os Smith eram extremamente rígidos com a educação que os filhos recebiam. Apesar de estudarem em uma escola pública, os dois recebiam aulas particulares durante as férias, sempre estando quinze passos a frente de todos nós.

Não me dou o trabalho de tentar responder nenhuma das perguntas que o Sr. Varner fazia, já que a garota a meu lado parecia satisfeita em mostrar tudo o que aprendeu durante o período na Inglaterra com a tia. Reprimo a vontade de revirar os olhos cada vez que sua boca se abre. Como um dia eu tinha considerado alguém tão mesquinha como melhor amiga?

— Precisa de ajuda? Essa questão parece bem difícil. — sua voz não passava nenhuma preocupação sincera.

— O silêncio pode me ajudar bastante, obrigada.

— Não me lembrava desse seu traço orgulhoso.

— Mas eu me lembro bem desse seu traço arrogante.

— Você continua dramática. Por isso me afastei de você.

Engulo uma resposta quando percebo que não havia sentido iniciar uma discussão ali, principalmente quando havia mais com o que me preocupar.

A aula também parece mais lenta do que o normal, com todas aquelas contas entediantes. Cada segundo parecia uma agulha me espetando. Eu queria sair daquela escola e correr sem rumo, desesperada por algo que eu não sabia o que era. No final da aula, eu me demoro para sair e considero realmente matar o resto das aulas.

𝐓𝐇𝐄 𝐀𝐋𝐁𝐀𝐓𝐑𝐎𝐒𝐒,  embry callOnde histórias criam vida. Descubra agora