✵ATUALIZAÇÃO TODO DOMINGO E SEGUNDA✵
✵Sinopse:
A sombra de Sauron ressurge, infiltrando-se na Terra Média de forma sutil, mas impossível de ignorar. Em Mirkwood, os elfos sentem o mal se aproximar, e Elenwen, uma meia-elfa resgatada da escuridão por...
No ano de 2669 da Terceira Era, uma sombra crescente ameaçava o coração da Floresta das Trevas (Mirkwood). Disfarçado como um simples necromante, Sauron fortalecia-se em Dol Guldur, corrompendo a terra ao seu redor. A floresta, outrora vibrante, tornava-se um reino de sombras e medo, onde aranhas gigantes, orcs e criaturas ainda mais sinistras proliferavam.
Diante dessa ameaça, o reino élfico de Thranduil reforçava suas barreiras. Patrulhas dobravam sua vigília, e os guerreiros élficos enfrentavam inimigos cada vez mais numerosos. Mas a sombra não se limitava apenas às árvores ancestrais. Nos arredores da floresta, uma pequena aldeia erguia-se contra a escuridão - um refúgio de homens sem pátria e elfos exilados, unidos pelo desejo de sobreviver.
A vila, sem nome e sem história, era um abrigo para aqueles que haviam sido rejeitados por seus próprios povos. Entre eles, uma elfa de linhagem esquecida e um homem marcado pela desonra encontraram um ao outro, formando um laço que desafiava tradições. Dessa união, nasceu uma criança - um símbolo improvável de esperança em tempos de trevas.
Mas esperança e tragédia sempre caminham lado a lado.
Na calada da noite, os orcs atacaram. Eles não vieram para conquistar, mas para destruir. Fogo e aço devastaram a aldeia. Não houve resistência, apenas massacre.
A elfa, ciente do perigo que sua filha corria, invocou o poder que tentara suprimir por toda a vida. Era uma magia antiga, rejeitada pelos elfos de seu tempo, algo que a marcara como pária. Mas o tempo que passou negando essa força cobrou seu preço: descontrolada e instável, sua magia queimava ao seu redor sem obedecer sua vontade. Em um último ato de desespero, canalizou sua energia para formar um escudo ao redor da criança. Então, a escuridão a alcançou.
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Na manhã seguinte, os elfos da Floresta das Trevas chegaram.
Os espiões de Thranduil haviam alertado sobre o ataque à aldeia. Mesmo que os habitantes daquele lugar não fossem seus súditos, o rei sabia que permitir a presença dos orcs tão perto de suas fronteiras era um erro que poderia custar caro. Assim, ele partiu com seus guerreiros para avaliar os estragos.
O que encontraram foi um cemitério a céu aberto.
Os cadáveres estavam espalhados por toda parte, alguns dilacerados, outros irreconhecíveis. Entre os mortos, havia humanos... e elfos. Aquilo trouxe um peso inesperado ao coração de Thranduil. Mesmo aqueles que haviam sido rejeitados por seu povo eram, de algum modo, seus.
Mas algo chamou sua atenção.
Em meio às cinzas e ao cheiro de morte, uma luz fraca pulsava dentro de uma cabana destruída. Movido por um instinto que não soube explicar, Thranduil se aproximou. Quando seus dedos tocaram o brilho translúcido, ele sentiu a barreira de energia ceder sob seu comando. No centro da proteção mágica, um pequeno corpo estava enrolado em panos simples.
Uma criança.
Seus cabelos eram negros como a noite, suas orelhas pontudas como as de qualquer elfo, mas havia algo mais. O rei sentiu o peso do destino naquele instante. Ela era uma mestiça - metade humana, metade elfa -, um ser que, segundo os preceitos de seu povo, não deveria existir.
Por um breve momento, hesitou. Aquela criança não pertencia a ele, nem ao seu reino. Criá-la iria contra os valores que defendera por séculos. Mas ao olhar para ela, Thranduil não viu impureza. Viu fragilidade. Viu um lampejo de algo puro, algo que a sombra de Dol Guldur ainda não havia conseguido corromper.
E então, contra toda a lógica, tomou sua decisão.
Envolveu a criança em seu manto, mantendo-a próxima ao peito. No caminho de volta a Mirkwood, repetia para si mesmo que apenas garantiria um lar para ela até que uma família elfa a adotasse. Mas, com o passar dos dias, percebeu que não conseguia se afastar.
A menina era diferente. Havia nela uma ligação com a floresta que ele próprio não conseguia explicar. Ela pertencia àquele mundo.
Quando chegou o momento de lhe dar um nome, Thranduil escolheu um que refletia a esperança que ela representava: Elenwen - Filha das Estrelas.
E sem saber, naquele momento, selou o destino de ambos.
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⊹⊰✧⊱⊹Notas da Autora⊹⊰✧⊱⊹
🗨️O que será que aguarda Elenwen nessa jornada? Bom, fiquem para descobrir nos próximos capítulos 😉