✵A Queda da Barreira✵

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2355 Palavras

A alvorada mal havia tingido os céus de Valfenda quando os portões se abriram para receber uma visitante inesperada. Tauriel, a elfa de cabelos ruivos e olhar determinado, cavalgava com urgência, trazendo a poeira do caminho presa às vestes. Assim que desmontou, pediu para falar com Lorde Elrond imediatamente.

Na grande sala do conselho, Elrond a esperava ao lado de Gandalf. O mago, que ainda refletia sobre a reunião anterior, ergueu os olhos quando a elfa entrou.

- Tauriel - Elrond a saudou com um aceno, notando sua expressão grave. - O que a traz a Valfenda?

Ela inclinou levemente a cabeça, respeitosa.

- Um ataque, meu senhor - começou, sua voz firme, mas carregada de preocupação. - Uma vila foi devastada na fronteira sul. Os rastros indicam orcs... mas não foi uma invasão comum.

Gandalf franziu o cenho.

- O que quer dizer?

Tauriel respirou fundo.

- Havia símbolos estranhos nas ruínas, marcas que pareciam feitiçaria. Alguns corpos desapareceram, como se nunca tivessem estado ali. Outros foram encontrados em posições que lembram rituais sombrios. - Ela ergueu o olhar, fixando-se em Elrond. - Isto não foi apenas uma pilhagem. Algo maior está acontecendo senhor.

O elfo ancestral trocou um olhar sombrio com Gandalf. A suspeita que crescia desde a reunião anterior parecia ganhar contornos mais definidos.

- Precisamos investigar isso o quanto antes - Elrond declarou. - Nos próximos dias, reuniremos os representantes dos povos livres para discutir essa ameaça.

Gandalf assentiu, sua expressão carregada de preocupação.

Tauriel respirou aliviada por sua mensagem ter sido entregue.

- Se o senhor permitir, permanecerei em Valfenda até que a reunião ocorra - ela informou.

Elrond assentiu.

- Será bem-vinda.

Com isso, Tauriel se retirou para descansar e cuidar de seu cavalo, enquanto os líderes começavam a discutir os próximos passos.

A elfa passou seus dias vagando por diversos locais da Terra Média desde a morte de seu amor Killi, como uma forma de lidar com a perda. Nessa jornada ela entrou em contato com vários clãs elficos diferentes e aprendeu novas técnicas medicinais, área na qual ela se esforçava muito para aperfeiçoar.

Depois de um tempo vagando ela se estabeleceu em Valfenda como uma espécie de mensageira/auxiliadora. Ela poderia aprender as novas técnicas de medicina criadas pelos elfos do local e em troca realizava pequenos serviços para o clã.

Ela estava em uma das missões de reconhecimento na fronteira sul quando se deparou com aquela cena de destruição. Assim, ela resolveu voltar às pressas para o palacio e avisar a Elrond do acontecido, principalmente depois que ela ouviu sobre suas suspeitas do retorno dele ... Servo de Morgoth.

Enquanto Tauriel caminhava pelos corredores de Valfenda, uma brisa suave carregava o aroma das flores e do orvalho matinal. A tranquilidade do lugar contrastava com as sombras que carregava em seu coração.

Foi então que, ao virar um dos caminhos do pátio central, ela esbarrou suavemente em alguém.

Elenwen.

A elfa de cabelos negros tropeçou para trás ligeiramente, erguendo os olhos para a ruiva. No momento em que o contato aconteceu, um arrepio percorreu a espinha de Elenwen, e um lampejo de lembrança surgiu em sua mente-rápido e nebuloso demais para ser compreendido.

Sombra e Luz: O Destino de ElenwenOnde histórias criam vida. Descubra agora